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O seriado que gerou campanha para libertar um condenado por homicídio

Netflix/Divulgação
Imagem: Netflix/Divulgação

BBC Mundo

11/01/2016 18h25

A história de Steven Avery não só se converteu em uma série documental de sucesso como também desencadeou um movimento que já reuniu mais de 30 mil assinaturas pedindo sua liberação.

Avery passou 18 anos na prisão depois de ser condenado por tentativa de assassinato e agressão sexual, até que foi inocentado.

Dois anos depois de ser solto, porém, ele voltou a ser sentenciado, desta vez à prisão perpétua, por um homicídio cometido no condado de Manitowoc, no Estado americano de Wisconsin.

Para muitos, o documentário da Netflix, Making a Murderer (“Fabricando um assassino”, em tradução livre), é prova suficiente de sua inocência. A série sustenta que uma grande injustiça foi cometida, novamente, em seu caso.

Com base nisso, surgiu um movimento que pede a sua libertação.

#FreeStevenAvery

“Liberem Steven Avery” é o nome, em tradução literal, de uma campanha que já tem site oficial, conta no Twitter, página no Facebook com mais de 22 mil seguidores e coleta de assinaturas pedindo a soltura no portal de causas Change.org.

A hashtag #FreeStevenAvery serve para rastrear as mensagens na internet que pedem a liberação do americano.

“Estou indignado com as injustiças no caso de Steven Avery. É uma abominação esse processo”, lê-se na petição no Change.org.

Na sinopse de Making a Murderer, a Netflix diz que a série trata da história de “um inocentado de um caso por meio de exame de DNA que, ao expor a corrupção policial, se torna suspeito de um crime macabro”.

A história de Avery

Steven Avery é retratado no documentário como um jovem de 20 anos “com más companhias”, que, em 1985, se viu envolvido em um caso de tentativa de homicídio e agressão sexual, pelo qual foi condenado.

O primeiro episódio de Making a Murderer mostra a liberação de Avery em 2003, após 18 anos de cárcere, graças a um exame de DNA que o isentou de culpa em um caso de estupro.

Depois de pedir à Justiça uma indenização de US$ 36 milhões (R$ 144 milhões) e denunciar policiais de seu condado, ele é detido novamente, desta vez acusado de matar uma fotógrafa.

O documentário tem dez capítulos e é um dos lançamentos mais recentes da Netflix.

Segundo os produtores, foram necessários dez anos para a realização da série.

Avery, no entanto, permanece preso. Sua família se encarrega de promover a campanha por sua libertação.