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Bebê perdido durante ataque em Nice é achado após alerta nas redes sociais

Daniela Fernandes - De Paris para a BBC Brasil

15/07/2016 15h33

Um bebê de oito meses perdido pela família no momento em que as pessoas se dispersavam em meio ao pânico provocado pelo ataque com o caminhão em Nice foi encontrado graças às redes sociais.

"Garotinho perdido no movimento da multidão. Carrinho azul. Se vocês o viram ou o recolheram, entrem em contato. Passem a informação adiante", dizia a mensagem com a foto da criança publicada por um familiar no Facebook pouco após a tragédia.

O post foi compartilhado 22 mil vezes na rede social - cerca de uma hora e meia depois, o bebê foi localizado.

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"Uma moça o recolheu e o levou para a casa dela. Ela viu a foto da criança no Facebook e entrou em contato com a família", afirmou uma parente à imprensa francesa.

"Encontrado", dizia a mensagem publicada na madrugada, agradecendo Joy Ruez, a moça que recolheu a criança, e "a todos os que ajudaram e enviaram mensagens de apoio", acrescentou a familiar do bebê, acrescentando não ser a mãe da criança.

Segundo ela, outros membros da família estão hospitalizados.

O bebê estava no carrinho acompanhado de sua família, que estava na avenida da orla de Nice, a Promenade des Anglais, para assistir à queima de fogos da festa nacional que celebra a tomada da Bastilha.

Após o ataque, que deixou até a publicação deste texto 84 mortos e quase 200 feridos, entre eles 48 em estado muito grave (25 deles estão em uma unidade de reanimação), inúmeras mensagens de pessoas que procuravam amigos e familiares foram divulgadas na internet.

Antes dispersas, as mensagens foram rapidamente reunidas em páginas criadas especialmente para isso nas redes sociais, como a SOS Nice, como forma de garantir uma audiência mais ampla.

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Como já havia ocorrido nos atentados de novembro em Paris, as redes sociais tiveram papel importante no momento de pânico provocado pelo ataque.

No Twitter, a hashtag "portesouvertesNice" (portas abertas Nice) indicava pessoas que ofereciam suas casas para abrigar aqueles que estavam em pânico pelas ruas.

Muitas pessoas também publicaram fotos e vídeos da tragédia nas redes sociais, além de relatos do que viram no momento do ataque.