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Vídeo mostra poder de destruição de 'mãe de todas as bombas', que matou 36 combatentes do Estado Islâmico

14/04/2017 07h58

Um ataque realizado na quinta-feira pelos Estados Unidos com a chamada "mãe de todas as bombas" matou 36 combatentes e destruiu uma base do grupo extremista Estado Islâmico no Afeganistão.

Esta foi a primeira vez que esta arma foi usada em combate. Seu poder explosivo só fica atrás ao de uma bomba nuclear, como as usadas no Japão no fim da Segunda Guerra.

O ministro da Defesa afegão disse que nenhum civil foi atingido pela explosão, que destruiu uma rede de túneis e cavernas de 300 metros de extensão e armamentos.

O ex-presidente do Afeganistão Hamid Karzai, entretanto, criticou o ataque e o classificou como "um abuso desumano e brutal" perpetrado contra o país.

A superbomba pesa 9,8 toneladas e tem 9 metros de comprimento. Sua explosão equivale à potência de 11 toneladas de TNT e deixa uma cratera de destruição com um raio de pouco mais de 1,5 km a partir do ponto de impacto, como mostra o vídeo acima gravado em um teste realizado em 2003.

Ela foi usada no ataque de quinta para destruir um local que, segundo autoridades afegãs, vinha sendo usado pelos extremistas para "matar pessoas e realizar reuniões importantes".

"Nós estávamos jantando quando ouvimos uma grande explosão", disse à BBC o membro de um grupo que combate o Estado Islâmico e que se identificou apenas como Mohammad.

"Saímos de casa e vimos apenas uma montanha de fogo... a região ficou toda iluminada com a explosão."

O uso dessa bomba indica que o grupo extremista está no topo da lista de alvos dos Estados Unidos.

O presidente Donald Trump disse que o ataque foi "outro trabalho bem-sucedido".