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A escola onde professores andam armados nos EUA

05/04/2018 14h58

Objetivo por trás da medida é proteger os estudantes; em fevereiro, 17 pessoas morreram depois de ex-aluno abrir fogo em colégio da Flórida.

Funcionários - entre eles, professores - de uma escola na cidade de Fayetteville, no Texas (EUA), agora andam armados.

O objetivo por trás da medida é proteger os estudantes.

"Passamos por treinamento psicológico e também sobre como portar uma arma de fogo. Tudo isso para garantir que sabemos manejá-la. Assim, todos podem andar armados nas dependências da escola", diz Jeff Harvey, superintendente da escola.

Após ataques recentes em escolas e universidades - realizados por estudantes ou ex-estudantes das instituições -, o presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu que os professores andem armados.

"A arma não fica à mostra. Assim, qualquer lunático que entre na escola não saberia quem está armado ou não. Isso é bom", disse Trump.

Em fevereiro deste ano, 17 pessoas morreram depois que um ex-aluno abriu fogo contra estudantes e funcionários na escola de Ensino Médio em Parkland, na Flórida.

Foi o 18º tiroteio numa escola nos Estados Unidos só neste ano, segundo a Everytown Research, que contabiliza tiroteios em escolas e universidades desde 2013.

Sem delegacia de polícia em Fayetteville, muitos pais veem o porte de armas como a única alternativa de defesa.

"Sem este programa de armamento dos funcionários, viramos alvos fáceis. Se uma pessoa louca invadir a escola, temos que ter como nos defender", diz Jeannie, mãe de um aluno.

Mais de 170 distritos escolares no Texas permitiram a funcionários andar armados.

As identidades de quem tem porte de arma são mantidas em segredo.

Mas o programa tem seus críticos - grupos de professores dizem que a medida traz riscos.

Eles temem que as armas possam cair em mãos erradas.

Mas, apesar das preocupações, o número de funcionários armados deve aumentar.