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A dura vida do menino que sustenta família catando plástico em rio poluído

14/11/2019 11h33

Ranniel Mirador tem apenas 13 anos, mas trabalha como adulto — em condições insalubres.

Ele vive perto do rio Estero de Vitas, um dos mais poluídos das Filipinas.

Todos os dias, Ranniel, assim como outras crianças, buscam plásticos recicláveis ali em troca de dinheiro.

"Quando acordo, lavo meu rosto e bebo café", diz.

"Depois, vasculho o lixo", acrescenta.

Ranniel usa portas de uma geladeira velha como jangada. Ele diz ganhar cerca de US$ 1,5 (R$ 6,25), às vezes US$ 3, por dia.

Às vezes, ele chega a mergulhar no rio.

"Não dá para ver nada porque a água é muito suja", diz. "Por isso, quando sentimos algo (com nossos pés), mergulhamos com os olhos fechados para pegar e trazer à superfície. Algumas vezes, me corto em cacos de vidro", acrescenta.

Projetos de limpeza do rio reduziram a quantidade de lixo, mas um estudo recente revelou que a água continua imprópria.

Com o dinheiro de Ranniel, a família compra produtos em pequenas embalagens plásticas. Este é justamente o tipo de material que mais polui os rios.

"É difícil ser criança aqui. Mesmo se estiver sujo, você tem que trabalhar. Mesmo se estiver fedorento, você precisa vasculhar o lixo por dinheiro. É muito difícil", lamenta.

"Meu futuro? Não sei se vai ser bom ou ruim", conclui.