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Nas quase 2h de reunião sobre pandemia, Bolsonaro e ministros falam de coronavírus por 19 minutos

Bolsonaro dedicou 3 minutos e 6 segundos para falar sobre epidemia do coronavírus no Brasil em reunião sobre recuperação econômica após a pandemia - JOÉDSON ALVES/EPA
Bolsonaro dedicou 3 minutos e 6 segundos para falar sobre epidemia do coronavírus no Brasil em reunião sobre recuperação econômica após a pandemia Imagem: JOÉDSON ALVES/EPA

Juliana Gragnani - @julianagragnani - Da BBC News Brasil em Londres

23/05/2020 17h26

Encontro entre presidente e sua equipe ocorreu no dia 22 de abril, quando havia 2.906 mortes por covid-19 no Brasil; reunião tratava de plano para recuperação econômica após os efeitos da pandemia.

A pandemia do coronavírus foi mencionada durante um total de 19 minutos e 18 segundos dos 115 minutos da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e ministros no dia 22 de abril, quando havia 45 mil casos de coronavírus no Brasil e 2.906 mortes.

O tema da reunião era o Plano pró-Brasil, um programa de recuperação econômica para lidar com os efeitos da pandemia do coronavírus. Hoje, um mês depois da reunião, o Brasil tem contabilizados 330.890 pessoas infectadas e 21.048 mortes, tornando-se o segundo país no mundo com maior número de casos confirmados, atrás apenas dos Estados Unidos.

O encontro ministerial foi gravado e o vídeo foi tornado público nesta sexta (23) por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello. Ele determinou que trechos que envolvam menções a outros países fossem mantidos em sigilo, então o vídeo dura pouco mais que os 115 minutos, ou 1 hora e 55 minutos, disponíveis.

A BBC News Brasil contou quantas vezes a pandemia foi mencionada na reunião, por meio de diferentes palavras como "coronavírus", "covid", "pandemia", "doença", "distanciamento", "isolamento" e "óbito". Outras referências à pandemia sem usar especificamente uma palavra relacionada à crise também foram consideradas. Então, a reportagem contou quantos segundos ou minutos foram usados pelo participante da reunião para mencionar a pandemia, considerando também o contexto dessa menção.

O tempo tomado para abordar o coronavírus representa 16% do total do período da reunião. Em outros momentos, Bolsonaro queixou-se da atuação da Polícia Federal, dizendo que iria interferir no órgão, falou de um sistema de informação "particular" e defendeu armar o povo por causas políticas. Seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, defendeu a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal e disse odiar o termo "povos indígenas".

Grande parte das menções à pandemia continham críticas às medidas tomadas por governadores e prefeitos para conter a disseminação do vírus no Brasil.

No começo da reunião, o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, pediu que cada ministro utilizasse no máximo 10 minutos para falar sobre "a retomada do crescimento econômico em resposta aos impactos relacionados ao coronavírus".

Bolsonaro falou sobre o coronavírus em quatro momentos distintos, dedicando 3 minutos e 6 segundos ao tema. Xingou governadores e o prefeito de Manaus, criticou o isolamento social e falou sobre "a desgraça que vem pela frente", em referência a uma crise econômica durante a pandemia.

A ministra Damares Alves, da Família, Mulher e Direitos Humanos, foi quem mais falou sobre o coronavírus, totalizando 4 minutos e 46 segundos. Ela questionou se o Supremo Tribunal Federal iria liberar o aborto a "todos que tiveram coronavírus" no Brasil, disse sem apresentar provas que havia recebido informações de que indígenas haviam sido contaminados de propósito para colocarem a culpa em Bolsonaro e que "nunca houve tanta violação de direitos no Brasil como neste período", dizendo que pediria a prisão de governadores e prefeitos.

O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, falou sobre o tema durante 3 minutos e 44 segundos, dizendo que tinha um plano para a crise no Brasil e que se o governo "não mostrar para a sociedade que tem o controle da doença, da saída dela, qualquer tentativa econômica vai ser ruim".

Já o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que os ministérios poderiam se aproveitar da "tranquilidade" da cobertura da imprensa, focada na crise do coronavírus, segundo ele, para "ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas".

A reportagem também contou quantas vezes palavras relacionadas a coronavírus foram ditas na reunião:

  • Doença: 10
  • Coronavírus: 8
  • Covid: 7
  • Óbito: 5
  • Pandemia: 4
  • Isolamento: 2
  • Distanciamento: 1

Em que momentos a pandemia foi mencionada, por quem e em que contexto

Ministro da Casa Civil, general Braga Netto - 15 segundos

A primeira vez que a pandemia do coronavírus é mencionada na reunião é por Braga Netto, quando ele explica, aos 3min37s da reunião, que seu objetivo é discutir a "retomada do crescimento socioeconômico em resposta aos impactos relacionados ao coronavírus". Ele mostra uma apresentação de Powerpoint enquanto explica o programa e convida os ministros a falarem por até 10 minutos.

Ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni - 23 segundos

Já aos 17min52s da reunião, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, toma a palavra e diz: "Fomos acometidos de algo muito grave, que é uma doença, e que foi levado ao paroxismo da histeria porque serve a interesses de muitos, os mais variados, eu não vou aqui detalhar. Mas sinceramente, temos que rapidamente voltar ao que nós estávamos fazendo, porque nós estávamos no caminho certo e a prova disso é que todo mundo voltou a olhar o Brasil com respeito".

Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho - 47 segundos

Em seguida, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, diz que "o que tá acontecendo hoje no mundo não tem parâmetro nos últimos cem anos". Ele diz que o FMI prevê diminuição de 3% do PIB mundial, e mais de 5% para o Brasil. "Não tem paralelo. Em situações extraordinárias, remédios extraordinários de forma circunstancial. Isso não significa que nós tenhamos a necessidade de implantarmos uma política permanente. O ministro Braga Neto tá, na sua apresentação, ele estabelece inclusive o limite temporal e deixa claro que é uma política de Estado. O que eu peço é que nós tenhamos aqui as mentes abertas. E que os dogmas, quaisquer que sejam eles presidente, sejam colocados de lado nesse momento."

Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles - 1 minuto e 24 segundos

A fala do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, repercutiu depois da divulgação do vídeo, na tarde de sexta (22). Ele não fala exatamente sobre a covid-19, doença causada pelo coronavírus, mas sobre como ela pode ser usada por todos os ministérios para "passar as reformas infralegais de desregulamentação, simplificação", já que, segundo ele, a imprensa está focada na pandemia. "Pra isso precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas", afirma.

Presidente Jair Bolsonaro - 3 minutos e 6 segundos

O presidente fala especificamente sobre a pandemia do coronavírus em quatro ocasiões. Diz, aos 27 minutos e 49 segundos da reunião, que vem "desgraça pela frente". "Vai ser uma porrada muito maior do que você possa imaginar. Não são apenas os informais. Eu acho que já bateu a dez milhões de carteira assinada, foi pro saco. E os governos estaduais não tem como pagar salário pros ca ... não tem. Maio, metade dos estados não têm... não vai ter como pagar salário mais. A desgraça tá aí. Eles vão querer empurrar essa ... essa ... essa trozoba pra cima da gente, esse pessoal aqui do lado vai querer empurrar, e a gente vai reagir porque aqui não é saco sem fundo. Tá?", diz. Em seguida, menciona o exame de coronavírus que fez e reclama da OAB, que, segundo ele, "enche o saco" do Supremo para abrir processo de impeachment porque ele não apresentou os resultados do exame. "Essa frescurada toda, que todo mundo tem que tá ligado."

Em outra ocasião, reclama de presos soltos na pandemia para evitar a propagação do vírus nos presídios superlotados do Brasil. "Imagina se tivesse estuprado uma filha nossa, um filho da puta desses ser posto em liberdade. Agora temos que se colocar no lugar dessas pessoas, desse pai que tem a filha estuprada, e o... e vagabundo foi posto na rua. Com uma decisão, foda-se de quem seja, tem que jogar pesado em cima aí. .. pesado em cima disso."

Na terceira vez em que fala sobre o coronavírus, reclama sobre a divulgação da morte de um patrulheiro da Polícia Rodoviária Federal por covid-19. Diz ter ligado para o diretor-geral da Polícia Rodoviária, cobrando que as comorbidades do policial fossem citadas na divulgação de sua morte.

"Ali na nota dele só saiu Codiv-19 (sic). Então vamos alertar a quem de direito, ao respectivo ministério, pode botar Codiv- 19 (sic), mas bota também tinha fibrose ... montão de coisa, eu não entendo desse negócio não. Tinha um montão de coisa lá, pra exatamente não levar o medo à população. Porque a gente olha, morreu um sargento do Exército, por exemplo. A princípio é um cara que tá bem de saúde, né? Um policial federal, né? Seja lá o que for, e isso daí não pode acontecer. Então a gente pede esse cuidado com o colegas, tá? A quem de direito, ao respectivo ministério, que tem alguém encarregado disso, né? Pra tomar esse devido cuidado pra não levar mais medo ainda pra população", afirma.

Comorbidades são um fator de risco para a covid-19, mas também há casos de morte de pessoas aparentemente saudáveis e jovens. Além disso, segundo um estudo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), mais da metade da população adulta brasileira apresenta, ao menos, um dos fatores que aumentam o risco de manifestações graves da covid-19.

Em sua última menção ao tema, Bolsonaro diz que convidará ministros para ir para Ceilândia e Taguatinga, regiões administrativas do Distrito Federal. E diz que "uns merda de sempre" vão reclamar de que ele rompeu o isolamento. "Péssimo exemplo é o cacete, pô! Pior é tá passando fome! Tá na merda, porra!", diz.

Presidente do BNDES, Gustavo Montezano - 16 segundos

O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, diz que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem lhe orientado a "focar na reconstrução, no dia seguinte". "Porque a crise da saúde vai demorar alguns meses e a reconstrução muito mais meses do que isso". Em seguida, ele diz subscrever as palavras de Salles, afirmando que é "um momento muito oportuno" para se "aproveitar". "Uma parte crítica é a legislação, ou funcionamento da máquina pública."

Ex-ministro da Saúde, Nelson Teich - 3 minutos e 44 segundos

Dias depois de assumir o ministério da Saúde, Teich participa desta reunião. Começa dizendo que estava chegando naquele momento e que por isso era importante mostrar como seu ministério trabalharia. "Enquanto a gente não mostrar pra a sociedade que a gente tem o controle da doença, da saída dela, qualquer tentativa econômica vai ser ruim, porque o medo vai impedir que você trate a economia como uma prioridade. Então controlar a doença hoje é fundamental", afirma.

Então, ele expõe sua estratégia: em primeiro lugar, diz que focará na informação. "Pra entender o que que é a doença, qual é a evolução dela, como é que tá infraestrutura pra cuidar da doença (...) se a gente olhar o Brasil hoje, ele é um dos melhores países em número em relação a mortalidade. O que assusta é você ver que o hospital não consegue atender, é gente do frigorífico, é gente que tá abrindo cova em algum lugar pra enterrar, e isso traz medo. E o medo impede que qualquer outra atividade tenha sucesso."

O segundo item, diz ele, é "estruturar a operação de cuidado", investindo em logística e na parte de compra. "Se eu tiver os hospitais funcionando, eu vou ter os pacientes tratados, eu não tenho a sensação da crise, o medo melhora e o restante pode entrar", afirma.

E a terceira coisa é "deixar claro um programa de saída do isolamento, do distanciamento". "Não é que vá sair amanhã, mas a gente tem que ter um planejamento. Porque aí a gente realmente mostra que a situação tá na nossa mão. Pode ser que demore um pouco, mas a gente tá controlando esse processo, que a gente não tá sendo um barco à deriva."

Por fim, Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, pergunta em quanto tempo Teich apresentará um plano. O ex-ministro diz que está "correndo contra o tempo". "Enquanto a gente não conseguir controlar a percepção que a gente hoje tem condição de cuidar das pessoas, vai ser difícil, né? E o problema da doença é que cê pega um sistema que se você falar em eficiência, os hospitais tem que ser eficientes. Então quando você fala em eficiência... você vai quase no limite do cuidado. Cê não tem ... cê não tem sobra, cê não tem gordura. Quando você pega uma doença que chega, que é muita gente ao mesmo tempo, você não consegue ter agilidade pra preparar o sistema para cuidar dela". Ele também se mostra preocupado com os problemas financeiros dos hospitais porque diminuíram atendimentos.

Presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães - 1 minuto e 39 segundos

A pandemia é mencionada na fala do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, quando ele critica o isolamento social. Primeiro, diz ter "30 mil funcionários na rua" e chama o home office (trabalho remoto, de casa) de "frescurada". "Quer dizer, eu posso ter 30 mil brasileiros nas agências lá ... sabe quantas pessoas a Caixa está pagando hoje? Sete milhões de pessoas, e todo mundo em home office. Que porcaria é essa?"

Também diz que, se ocorresse com ele o que aconteceu com a família do deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ), pegaria suas "quinze armas" e iria "matar ou morrer". Segundo o jornal O Globo, a mulher do parlamentar foi detida pela PM na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no dia anterior à reunião, acusada de descumprir decreto do governador Wilson Witzel, que proíbe que certos locais sejam frequentados para reforçar o isolamento social na cidade.

Por fim, como Bolsonaro tem dito, Guimarães fala que tomaria hidroxicloroquina caso tenha covid-19. Estudos apontam que o uso do medicamento pode trazer riscos a pacientes com covid-19. "Eu já falei pra minha esposa: se tiver qualquer coisa, vou tomar um litro de hidrocorixisquina (sic), aquelas coisas todas", afirma.

Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo - 30 segundos

Trinta segundos foram usados pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para dizer que, depois da crise do coronavírus, o Brasil será um dos cinco países a "definir a nova ordem mundial". "Outro dia, na conversa do presidente com o primeiro ministro da Índia, o indiano disse que vai ser tão diferente o pós-coronavírus do pré quanto o pós Segunda Guerra do pré. Eu acho que é verdade, e assim como houve um Conselho de Segurança que definiu a ordem mundial, cinco países depois da Segunda Guerra, vai haver uma espécie de novo Conselho de Segurança e nós temos, dessa vez, a oportunidade de estar nele e acreditar na possibilidade de o Brasil influenciar e forma ...ajudar a formatar um novo, é, ... cenário."

Ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves - 4 minutos e 46 segundos

Por quase a totalidade de sua fala, a ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, fala sobre a pandemia. Diz que "o mundo não será mais o mesmo" e que será preciso uma revisão das políticas públicas. Conta ter descoberto haver uma comunidade de ucranianos no Brasil quando foi "construir uma política de enfrentamento ao coronavírus".

Dirige-se ao ex-ministro Teich e diz que "valores estão em seu ministério também". "Neste momento de pandemia a gente tá vendo aí a palhaçada do STF trazer o aborto de novo para a pauta, e lá tava a questão de ... as mulheres que são vítima do zika vírus vão abortar, e agora vem do coronavírus? Será que vão querer liberar que todos que tiveram coronavírus poderão abortar no Brasil? Vão liberar geral? O seu ministério, ministro, tá lotado de feminista que tem uma pauta única que é a liberação de aborto. Quero te lembrar ministro, que tá chegando agora, este governo é um governo pró-vida, um governo pró-família."

Em seguida, conta ter ido a Roraima acompanhar "o primeiro óbito" de um indígena por coronavírus porque recebeu a notícia de que "haveria contaminação criminosa em Roraima e Amazônia, de propósito, em índios, pra dizimar aldeias e povos inteiro pra colocar nas costas do presidente Bolsonaro".

Encerra dizendo que "nunca houve tanta violação de direitos no Brasil como neste período". "Idosos estão sendo algemados e jogado dentro de camburões no Brasil. Mulheres sendo jogadas no chão e sendo algemadas por não terem feitos nada ... feito nada. Nós estamos vendo padres sendo multados em noventa mil reais porque estavam dentro da igreja com dois fiéis. A maior violação de direitos humanos da história do Brasil nos últimos trinta anos está acontecendo neste momento, mas nós estamos tomando providências. A pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responderão processos e nós vamos pedir inclusive a prisão de governadores e prefeitos. E nós tamo subindo o tom e discursos tão chegando."

Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio - 1 minuto e 7 segundos

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, começa sua fala ressaltando que o turismo "vinha numa crescente muito importante", mas "obviamente no meio dessa pandemia foi o primeiro a ser impactado e de forma brutal".

Mais para frente, volta a falar do coronavírus com uma proposta: "fazer com que hotéis possam abrigar os profissionais de saúde, e só os profissionais de saúde". Ele diz que a gestão anterior (do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta) não havia manifestado interesse na proposta, e acena na direção de Teich ao apresentar a ideia. Braga Netto diz, então, que haveria reunião naquela tarde para tratar do assunto.

Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina - 34 segundos

Em sua curta participação na reunião, a ministra da Agricultura assegura o presidente Jair Bolsonaro que, se "amanhã quiser fechar" o país por conta da crise do coronavírus, o Brasil seria autossuficiente em seus estoques, a não ser o de trigo, que disse ser preciso incentivar. Ela diz ter participado de uma conferência com os ministros da Agricultura do G20 e relata que "depois do coronavírus, [países] vão colocar regras para ter estoque novamente", e que esse não seria o caso do Brasil.

Presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes - 47 segundos

A reunião termina depois de 1 hora e 55 minutos, e no último minuto o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, diz que "o número de óbitos [por coronavírus] caíram bastante". "Já não chegam mais na casa de 200. A minha sensação, de quem não é especialista no negócio, mas que observa os números, é que o tal do pico, o tal do famoso pico, que gerava tantas preocupações, a minha sensação é que esse pico já passou", afirma.

Ao que o ministro Braga Netto responde: "É que o senhor não viu o número que nós mostramos lá em cima, agora, mas isso é outra história".

Nesta sexta-feira (22), 1.001 mortes em decorrência da covid-19 foram registradas no Brasil.



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