Topo

Curdistão iraquiano pede a combatentes do PKK para que deixem região

01/08/2015 14h20

Líder curdo do Iraque diz que militantes devem se retirar para evitar mais mortes de civis. Declaração é feita após ataques aéreos da Turquia na região de Erbil, no norte iraquiano.

O presidente do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani, pediu neste sábado (01/08) aos combatentes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) para que se retirem da região iraquiana a fim de evitar que civis se tornem vítimas de combates.

Na mesma nota, Barzani condenou a Turquia por bombardear civis e pediu ao governo do país para que pare com os ataques aéreos. Ele também apelou aos dois lados para que retornem às conversações de paz.

A nota foi divulgada depois de ataques aéreos da Turquia deixarem ao menos seis mortos e 12 feridos na região fronteiriça de Yebel Qandil, na província iraquiana de Erbil, uma região curda onde há bases de combatentes do PKK.

O líder do povoado de Surán, Karmanesh Ezat, disse que ao menos seis pessoas morreram e doze ficaram feridas em ataques aéreos a várias aldeias da região, incluindo Zarkel.

Por sua parte, um membro do PKK, em declarações à agência de notícias Efe, elevou o número de mortos para nove e o de feridos para 14 e disse que os ataques afetaram o distrito de Raunduz, ao lado de Surán.

Nesta terça-feira, as autoridades do Iraque estavam preocupados com as possíveis mortes de civis nos bombardeios da Turquia no Curdistão iraquiano e acusaram o governo turco de violar a sua soberania.

Nesta sexta-feira, 28 caças turcos atacaram ao todo 65 posições do PKK no norte do Iraque, afirmou a agência de notícias turca Anadolu. Na quinta, 80 caças atacaram cerca de cem posições.

Segundo a Anadolu, cerca de 260 combatentes do PKK foram mortos desde o início dos ataques no Iraque e na Turquia, há uma semana. Nem o PKK nem o governo turco confirmaram o número.

Aeronaves turcas começaram na semana passada a bombardear posições do PKK no norte do Iraque e na Turquia, assim como do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria. O PKK é proibido na Turquia, que lista o grupo como uma organização terrorista.

AS/efe/dpa/ap/afp