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Obama pede a Trump que pare de "choramingar" sobre "fraude"

18/10/2016 18h21

Presidente afirma que nunca houve um candidato que tivesse questionado a lisura do processo eleitoral americano e aconselha republicano a parar com as lamúrias sobre fraude e correr atrás de votos.O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou duramente nesta terça-feira (18/10) as denúncias do candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, sobre uma suposta manipulação da eleição presidencial e pediu ao magnata para parar de "choramingar"."Recomendo ao senhor Trump que pare de choramingar e vá tentar conseguir votos", afirmou Obama, ao ser questionado por jornalistas sobre as declarações do republicano, numa entrevista ao lado do primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi.Durante a campanha, o magnata levantou a suspeita de que a eleição estaria sendo "manipulada" pela imprensa com a publicação de "mentiras" sobre ele, com a intenção de favorecer a democrata Hillary Clinton. Trump intensificou esse discurso após sua recente queda nas pesquisas eleitorais e pediu a seus apoiadores para vigiarem os locais de votação.Obama ressaltou que nunca houve um candidato na história da política moderna dos Estados Unidos que tentou desacreditar as eleições antes da votação. O presidente afirmou ainda que as afirmações de Trump não são baseadas em fatos e não demonstram "a liderança e força" necessárias para um presidente.Leia mais: Por que é quase impossível hackear eleição nos EUA?Obama também criticou o que chamou de "adulação" de Trump ao presidente russo, Vladimir Putin. "A constante adulação de Trump a Putin e o grau em que parece basear muitas de suas políticas nas de Putin não tem precedentes na política americana", afirmou Obama, acrescentando que esse tipo de comportamento não combina com o país e nem com o Partido Republicano."Acreditamos que a Rússia é um país grande e importante, mas seu comportamento passou por cima de normas internacionais de tal forma que tivemos de confrontá-la por isso. E qualquer um que ocupe este escritório [na Casa Branca] tem que fazer o mesmo, porque esses são os valores que protegemos", disse o presidente.CN/rtr/efe/afp