Chefe da missão da ONU na Síria diz que 108 pessoas morreram em massacre de Haula

  • Shaam News/Reuters

    Imagem divulgada neste sábado (26) de corpos enfileirados na cidade de Hula, que ativistas da oposição na Síria dizem ser das vítimas de um ataque das forças do governo que teria matado dezenas de pessoas

    Imagem divulgada neste sábado (26) de corpos enfileirados na cidade de Hula, que ativistas da oposição na Síria dizem ser das vítimas de um ataque das forças do governo que teria matado dezenas de pessoas

Nações Unidas, 27 mai (EFE).- O chefe dos observadores da ONU na Síria, o general norueguês Robert Mood, disse neste domingo (27) ao Conselho de Segurança do órgão que 108 pessoas morreram e cerca de 300 ficaram feridas no massacre na cidade de Haula.

Anteriormente, os observadores militares e civis da missão de supervisão da ONU no país informaram que, ao entrar em Haula, haviam encontrado 92 corpos, entre eles os de 32 crianças.

Sobre a mesa do Conselho está uma proposta da França e do Reino Unido para condenar esse massacre ocorrido nessa localidade da província de Homs na noite da sexta-feira (25), disseram fontes diplomáticas, que já anteciparam a oposição russa a esse texto.

Até o momento o regime de Bashar al Assad negou seu envolvimento nesse massacre, pelo qual responsabilizaram a oposição.

Por sua parte, fontes diplomáticas russas se referiram pouco antes de começar a reunião do Conselho que antes de tomar uma decisão é necessário determinar se as autoridades sírias são responsáveis pela tragédia.

O agravamento da crise síria, desencadeada há 15 meses, devido a este último episódio de violência, gerou uma onda de críticas internacionais contra o regime de Damasco e debilitou o plano de paz aprovado em abril e proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

Governo sírio nega responsabilidade em massacre

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou no sábado o massacre e pediu ao governo de Assad o imediato fim do uso de armamento pesado contra as cidades.

Por sua parte, o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Nasir Abdulaziz Al Nasser, considerou hoje que esses "assassinatos em uma vizinhança muito povoada são uma flagrante violação da lei internacional e dos compromissos do governo sírio".

Reiterou também seu pedido para que "as autoridades sírias e todas as partes cessem toda forma de violência e respeitem os compromissos com os seis pontos do plano de paz" de Annan.

O plano de paz, em vigor desde o último dia 12 de abril, exige a todas as partes o imediato fim da violência e das violações dos direitos humanos, assim como a garantia do acesso de pessoal humanitário ao país, a facilitação da transição política síria rumo à democracia, o início do diálogo político e a permissão do acesso da imprensa, entre outros.

 

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