Gani lidera apuração no Afeganistão com 56,44% dos votos

Em Trípoli

  • Mahmud Turkia/AFP

    Líbios fazem fila para votar neste sábado (7) em eleições históricas, após 40 anos de ditadura

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Cabul, 7 jul (EFE).- O candidato Ashraf Gani obteve 56,44% dos votos na primeira apuração preliminar das eleições presidenciais do Afeganistão, resultado que foi rejeitado pela equipe eleitoral de seu oponente, Abdullah Abdullah, que obteve 43,56%.

O presidente da Comissão Eleitoral do Afeganistão (IEC), Ahmad Yousef Nuristani, disse em entrevista coletiva em Cabul que os resultados correspondem a 8.109.493 votos. Gani obteve 4,5 milhões e Abdullah alcançou 3,5 milhões.

No entanto, logo depois do anúncio, um membro destacado da equipe da campanha eleitoral de Abdullah, Mujib Rahman Rahimi, afirmou, entre acusações de fraude, que esses resultados são "inaceitáveis", segundo o canal afegão "Tolo TV".

"Para nós, estes resultados são ilegítimos e a IEC deveria ter esperado o fim das negociações entre as duas equipes" dos candidatos, justificou Rahimi.

Pouco antes de serem divulgados os dados da apuração da rodada final das eleições, realizada em 14 de junho, a equipes de Abdullah e Gani tinham concordado em realizar uma recontagem dos votos em sete mil colégios eleitorais para garantir a transparência do pleito.

Rahimi afirmou que mais de dois milhões de votos podem ser considerados ilegais, e "ninguém tem o direito de governar com votos fraudulentos", e ressaltou que a comissão eleitoral será responsável por seguir adiante com a apuração apesar das denúncias.

O presidente da IEC também admitiu hoje que houve "problemas técnicos e fraudes" durante o processo eleitoral, embora isso não evitou o anúncio dos primeiros resultados.

As eleições presidenciais afegãs marcam a saída do poder de Hamid Karzai, após 13 anos à frente do país, já que a Constituição proíbe um terceiro mandato.

O processo eleitoral em meio ao conflito do Afeganistão em um de seus momentos mais sangrentos desde a invasão dos Estados Unidos, que provocou queda do regime talibã em 2001.

A força da Otan (Isaf) concluirá sua missão no Afeganistão no final deste ano, mas os Estados Unidos anunciaram que manterão 9.800 soldados no país até completar a saída total no final de 2016.

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