Especialista diz que Henrique Capriles é descendente de Simón Bolívar

Caracas, 22 jul (EFE).- O candidato presidencial venezuelano Henrique Capriles é descendente de um irmão do herói da independência Simón Bolívar, assegurou o presidente do Instituto Venezuelano de Genealogia, Antonio Vaillant, em entrevista publicada neste domingo.

O pai do libertador dos territórios que hoje são Bolívia, Colômbia, Equador, Panamá, Peru e Venezuela "teve um filho, Juan Agustín, irmão natural de Simón Bolívar", e Capriles é seu descendente, afirmou o especialista ao jornal "El Universal", de Caracas.

Capriles tentará impedir nas eleições de 7 de outubro uma nova reeleição do presidente do país, Hugo Chávez, que considera que seu projeto político é fruto direto do processo independentista de Bolívar. O presidente da Venezuela diz inclusive que lidera uma "revolução bolivariana" que o herói latino-americano deixou incompleta.

Antonio Vaillant explicou que o parentesco de Capriles com Bolívar não consta na genealogia de Bolívar publicada no ano passado pois a descoberta foi feita há um mês, data que coincide com o início da campanha eleitoral.

Vaillant ressaltou, no entanto, que está convencido de que Capriles não se aproveitará do fato para fazer campanha. Além disso, o diretor do instituto descobriu recentemente que Leopoldo López, outro opositor de Chávez e que recentemente desistiu de concorrer nas eleições, é descendente de uma irmã de Simón Bolívar.

A entrevista de Vaillant foi publicada um dia depois de Chávez anunciar que nesta terça-feira, data do nascimento de Bolívar, será divulgado uma imagem computadorizada feito graças à exumação de seu corpo há dois anos.

"Vou mostrar a foto do rosto de Simón Bolívar. Foi um trabalho maravilhoso dos especialistas. Um trabalho computadorizado em três dimensões sobre o crânio de Bolívar que foi escaneado cientificamente. Ontem ele chegou a mim, é impressionante, é como se tivessem feito uma foto. A Venezuela e o mundo irão ver em 24 de julho", anunciou Chávez.

Os legistas exumaram os restos de Bolívar em 16 de julho de 2010 e duas semanas depois fizeram o mesmo com os corpos de suas irmãs María Antonia e Juana Bolívar para comparar amostras de DNA.

Duas semanas depois da exumação de Simón Bolívar, a Academia Nacional de História disse que o fato era "absolutamente desnecessário e injustificado".

Para a Academia, a ação foi "um espetáculo inédito na história venezuelana que ficará para sempre inscrito nos anais da Venezuela como o desrespeito mais grave que já se cometeu ao Libertador".

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