Beirute, 3 out (EFE).- O grupo radical Estado Islâmico (EI) divulgou nesta sexta-feira um vídeo com a suposta decapitação do britânico Alan Henning, sequestrado em dezembro do ano passado na Síria e o quarto refém ocidental assassinado pelos jihadistas no país.

A gravação, cuja autenticidade não pôde ser verificada e de um minuto e onze segundos de duração, foi publicada / divulgada em páginas web empregadas pelos islamitas e se titula "Outra mensagem para América e seus aliados".

No vídeo, Henning diz: "Pela decisão de nosso parlamento de atacar o Estado Islâmico, eu, como membro do povo britânico, pagarei agora o preço por esta decisão".

Em seguida, seu carrasco, que usava uma máscara e usava roupas pretas, afirmou em inglês que "o sangue de David Haines (o refém britânico executado anteriormente) está nas mãos de (o primeiro-ministro do Reino Unido) David Cameron, e agora Henning será sacrificado e seu sangue estará nas mãos do parlamento britânico".

Da mesma forma que nas execuções anteriores, a vítima é decapitada em um lugar desértico ao ar livre, e parece que o carrasco é o mesmo.

No final do vídeo, o EI apresenta um novo refém, o americano Peter Edward Kassing, em um cenário similar.

O jihadista mascarado agarra Kassing pelo pescoço e dirige palavras ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

"Você começou um bombardeio aéreo em Sham (Síria), que segue atingindo nossa gente. Portanto, é um direito que continuemos a cortar os pescoços de sua gente", ameaçou o jihadista.

Henning era um taxista britânico, de 47 anos, que trabalhou na Síria como voluntário de uma organização humanitária.

Sua decapitação foi a quarta de um refém ocidental pelo EI desde agosto.

Antes dele, foram assassinados os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff, e o voluntário britânico David Haines.