Marcos Valério envolve Lula em depoimento voluntário à PGR, diz jornal

Brasília, 11 dez (EFE).- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria aprovado as manobras de corrupção denunciadas em 2005 e obtido, ainda, benefícios "pessoais", segundo o principal réu da ação penal 470, o chamado julgamento do mensalão, informou nesta terça-feira o jornal "O Estado de S.Paulo".

O jornal diz ter obtido acesso a uma declaração que o publicitário mineiro Marcos Valério, que o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a 40 anos de prisão por seu envolvimento no caso, prestou à Procuradoria Geral da República (PGR) em 24 de setembro, após ter sido declarado culpado.

"O Estado de S.Paulo" revelou os detalhes do depoimento, que durou três horas e meia e consta de um documento de 13 páginas, e afirma ainda que Marcos Valério afirmou que os R$ 4 milhões que seu advogado, Marcelo Leonardo, cobrou, foram pagos pelo PT.

Na declaração, o publicitário também disse ter sido ameaçado de morte por Paulo Okamoto, homem da confiança de Lula e que atualmente é um dos diretores do instituto fundado pelo ex-presidente no ano passado, após deixar o poder, segundo o diário.

Além disso, Valério afirma que recebeu aval do PT para negociar com a empresa Portugal Telecom uma contribuição de US$ 7 milhões para o partido, e por isso viajou a Lisboa em 2005 para negociar com o então presidente da empresa, Miguel Horta.

O veículo diz que o mineiro confessou que se reunia no Palácio do Planalto com o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e com o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, ambos já condenados, e que pelo menos em uma ocasião esteve na sede do governo com Lula, que "deu o 'ok' às negociações".

Da mesma maneira, assegura que fez dois depósitos, um deles de R$ 98.500 nas contas de Freud Godoy, um antigo empregado de segurança de Lula, mas que o dinheiro era na realidade para pagar "despesas pessoais" do ex-mandatário, segundo publica o diário.

Em 2003, quando Lula assumiu, Godoy frequentava os jogos de futebol organizados pelo presidente em sua residência oficial e, segundo a imprensa, "frequentava o Palácio do Planalto", onde tinha inclusive um escritório próprio.

"O Estado de S.Paulo", que dedica hoje três páginas ao assunto, diz ter consultado sobre as novas denúncias o Instituto Lula, o PT e outros personagens ligados ao escândalo, mas que todos negaram as acusações de Valério.

Marcelo Leonardo, advogado do publicitário, disse por sua vez que não tem "nada" a dizer sobre as declarações e que só falará assim que terminar o julgamento no STF, que está em seus momentos finais.

Segundo o jornal, o documento a que teve acesso foi assinado por Marcos Valério, pelo advogado Leonardo, pela subprocuradora da República, Claudia Sampaio, e pela procuradora geral da república, Raquel Branquinho.

O periódico acrescenta que tentou conversar com Lula sobre o caso em Paris, onde o ex-presidente está como organizador de um fórum ao qual irão hoje o presidente francês, François Hollande, e a presidente Dilma Rousseff.

No entanto, o veículo não conseguiu falar com o ex-mandatário, que, segundo o mesmo jornal, ontem teve um almoço na capital francesa com Dilma, que "não constava na agenda oficial" da presidente e foi "cercado de sigilo", embora confirmado por fontes oficiais, que não divulgaram os assuntos tratados.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria aprovado as manobras de corrupção denunciadas em 2005 e obtido, ainda, benefícios "pessoais", segundo o principal réu da ação penal 470, o chamado julgamento do mensalão, informou nesta terça-feira o jornal "O Estado de S.Paulo".

O jornal diz ter obtido acesso a uma declaração que o publicitário mineiro Marcos Valério, que o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a 40 anos de prisão por seu envolvimento no caso, prestou à Procuradoria Geral da República (PGR) em 24 de setembro, após ter sido declarado culpado.

"O Estado de S.Paulo" revelou os detalhes do depoimento, que durou três horas e meia e consta de um documento de 13 páginas, e afirma ainda que Marcos Valério afirmou que os R$ 4 milhões que seu advogado, Marcelo Leonardo, cobrou, foram pagos pelo PT.

Na declaração, o publicitário também disse ter sido ameaçado de morte por Paulo Okamoto, homem da confiança de Lula e que atualmente é um dos diretores do instituto fundado pelo ex-presidente no ano passado, após deixar o poder, segundo o diário.

Além disso, Valério afirma que recebeu aval do PT para negociar com a empresa Portugal Telecom uma contribuição de US$ 7 milhões para o partido, e por isso viajou a Lisboa em 2005 para negociar com o então presidente da empresa, Miguel Horta.

O veículo diz que o mineiro confessou que se reunia no Palácio do Planalto com o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e com o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, ambos já condenados, e que pelo menos em uma ocasião esteve na sede do governo com Lula, que "deu o 'ok' às negociações".

Da mesma maneira, assegura que fez dois depósitos, um deles de R$ 98.500 nas contas de Freud Godoy, um antigo empregado de segurança de Lula, mas que o dinheiro era na realidade para pagar "despesas pessoais" do ex-mandatário, segundo publica o diário.

Em 2003, quando Lula assumiu, Godoy frequentava os jogos de futebol organizados pelo presidente em sua residência oficial e, segundo a imprensa, "frequentava o Palácio do Planalto", onde tinha inclusive um escritório próprio.

"O Estado de S.Paulo", que dedica hoje três páginas ao assunto, diz ter consultado sobre as novas denúncias o Instituto Lula, o PT e outros personagens ligados ao escândalo, mas que todos negaram as acusações de Valério.

Marcelo Leonardo, advogado do publicitário, disse por sua vez que não tem "nada" a dizer sobre as declarações e que só falará assim que terminar o julgamento no STF, que está em seus momentos finais.

Segundo o jornal, o documento a que teve acesso foi assinado por Marcos Valério, pelo advogado Leonardo, pela subprocuradora da República, Claudia Sampaio, e pela procuradora geral da república, Raquel Branquinho.

O periódico acrescenta que tentou conversar com Lula sobre o caso em Paris, onde o ex-presidente está como organizador de um fórum ao qual irão hoje o presidente francês, François Hollande, e a presidente Dilma Rousseff.

No entanto, o veículo não conseguiu falar com o ex-mandatário, que, segundo o mesmo jornal, ontem teve um almoço na capital francesa com Dilma, que "não constava na agenda oficial" da presidente e foi "cercado de sigilo", embora confirmado por fontes oficiais, que não divulgaram os assuntos tratados.

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