Tóquio, Washington e Seul coordenam resposta contra ameaça norte-coreana

Tóquio, 31 jan (EFE).- Funcionários dos Ministérios das Relações Exteriores e Defesa de Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul se reuniram nesta quinta-feira em Tóquio para coordenar uma postura comum perante a Coreia do Norte, depois que na semana passada esse país anunciou sua intenção de fazer um teste nuclear.

Segundo a agência "Kyodo", a agenda do encontro, realizado no Ministério da Defesa da capital japonesa, inclui uma análise da situação na península coreana, após a ameaça nuclear do Norte e seu bem-sucedido lançamento, em dezembro, de um foguete de longo alcance.

Analistas japoneses de Defesa consideram que aquele lançamento, que segundo Pyongyang teve fins científicos, poderia demonstrar que o regime comunista conta com a tecnologia suficiente para alcançar com um míssil balístico um alvo a mais de 10 mil quilômetros, o que lhe permitiria golpear a costa oeste dos EUA.

Para os três países, o programa de mísseis e nuclear norte-coreano representa uma ameaça direta a sua segurança, sobretudo depois que o regime comunista assegurou na semana passada que seu próximo teste nuclear, o terceiro após os de 2006 e 2009, será "de maior nível" que os anteriores.

Especialistas sul-coreanos apontaram que isto poderia significar a eventual utilização, pela primeira vez na Coreia do Norte, de urânio altamente enriquecido na detonação.

O regime do jovem líder Kim Jong-un afirmou ainda que prosseguirá com seu programa de lançamento de satélites e mísseis de longo alcance, em uma estratégia de resposta à "política hostil" de seu "inimigo" EUA.

O anúncio norte-coreano aconteceu depois que o Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade a ampliação das sanções a Pyongyang pelo lançamento do foguete em dezembro, por considerá-lo um teste encoberto de mísseis.

À margem do encontro trilateral de hoje, EUA e Japão planejam reunir-se em Washington no próximo dia 7 de fevereiro como parte dos preparativos para a visita oficial do novo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, a Washington no final desse mês.

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