Topo

Arcebispo do Rio quer levar o papa Francisco a uma favela

No Rio de Janeiro

14/03/2013 18h26

O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, expressou nesta quinta-feira sua plena confiança que o papa Francisco visitará a cidade para a Jornada Mundial da Juventude e disse que deseja levá-lo a uma favela e ao Corcovado.

"Tenho o sonho de levar o papa Francisco ao Cristo Redentor e acho que ele receberá muito bem a ideia. Mas outra coisa que queria é levá-lo a uma comunidade pobre, a uma favela", declarou Tempesta.

Até hoje, o único papa que visitou o Cristo Redentor foi João Paulo II, que durante uma visita que fez ao Rio de Janeiro em 1980 também conheceu a Favela do Vidigal, na zona sul da cidade.

O arcebispo explicou a jornalistas que os organizadores da Jornada Mundial da Juventude, que será realizada em julho no Rio, confiam que terão uma primeira audiência com o papa argentino nas próximas semanas e disse que então apresentarão seus planos.

A única definição até agora é que a primeira atividade do papa seria uma missa que celebrará na praia de Copacabana no dia 25 de julho.

No dia seguinte falaria com os jovens após uma representação da Via Sacra que ocorreria também em Copacabana e no dia 27 de julho assistiria a uma vigília em Guaratiba, na zona oeste

Sua última atividade até agora seria o encerramento da Jornada Mundial da Juventude, prevista para o dia 28 também em Guaratiba, onde faria um passeio em "papamóvel" e também realizaria uma missa.

As autoridades do Rio de Janeiro se preparavam para uma presença calculada de cerca de dois milhões de pessoas, mas agora pensam que o fato de que o novo papa seja argentino pode atrair mais jovens de países vizinhos.

Segundo Tempesta, "sem dúvida aumentará a curiosidade por conhecer o papa e isso atrairá um número maior de pessoas de países vizinhos".

O Vaticano ainda não confirmou de forma oficial que o papa Francisco viajará ao Rio de Janeiro, mas os organizadores da Jornada Mundial da Juventude não têm nenhuma dúvida de sua presença.

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Raymundo Damasceno, que está em Roma, disse que embora o papa Francisco ainda não tenha se pronunciado sobre o assunto, "é uma tradição que o sumo pontífice inaugure e encerre a Jornada Mundial da Juventude".

Em declarações a jornalistas, dom Damasceno lembrou que Bento XVI lhe garantiu após sua renúncia que, se ele não estivesse presente, seu sucessor viria ao Brasil.