Ataques contra delegacia e quartel militar deixam 10 mortos na Caxemira


Nova Délhi, 26 set (EFE).- Ao menos 10 pessoas morreram nesta quinta-feira na Índia em ataques contra uma delegacia de polícia e um quartel do Exército por insurgentes vestidos com uniformes militares na região da Caxemira, informou à Agência Efe uma fonte oficial.

"Dois ou três homens atacaram a delegacia de polícia na cidade de Hiranagar e depois se refugiaram em um quartel, onde continua uma batalha entre insurgentes e militares", disse o porta-voz do Exército indiano, Sri N. Attaria.

De acordo com a fonte, seis policiais e um civil morreram no ataque contra a delegacia de polícia, enquanto três soldados morreram no ataque ao quartel. Além disso, 12 pessoas ficaram feridas.

A cidade de Hiranagar se encontra no distrito de Kathua, no estado de Jammu e Caxemira, a um quilômetro da fronteira com o Paquistão, enquanto o quartel militar está situado no distrito de Samba, onde os insurgentes chegaram em um caminhão roubado.

O ataque aconteceu um dia depois que o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, e seu colega paquistanês, Nawaz Sharif, anunciaram que se reunirão no domingo, durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York.

O encontro entre os líderes dos países rivais acontece em um momento de aproximação entre as partes, após as eleições que colocaram o conservador Sharif no comando do governo paquistanês.

A tensão na Caxemira sofreu um notável aumento nos últimos meses e ameaçou o cessar-fogo assinado em 2003 com acusações de ambos os lados de ataques além das fronteiras que causaram a morte de mais de 20 soldados.

O território da Caxemira, de maioria muçulmana e dividido entre a Índia e Paquistão, é o principal motivo de disputa desde a partilha do subcontinente indiano e a independência dos dois países em 1947.

As duas potências nucleares travaram duas guerras e outros conflitos menores pela soberania desse território.

Na década de 1990, surgiu uma rebelião armada contra o controle indiano da Caxemira, uma insurgência que quase desapareceu. Porém, nos últimos meses, ocorreram vários ataques de insurgentes.

Segundo Nova Délhi, os ataques têm o apoio das forças de segurança do Paquistão.

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