Lula, Jesse Jackson e presidente da Guiné se unem pela igualdade racial
Isadora Camargo.
São Paulo, 18 nov (EFE).- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o reverendo americano e ativista pelos direitos humanos, Jesse Jackson, e o presidente da Guiné, Alpha Condé, se encontraram nesta segunda-feira em São Paulo e defenderam a "igualdade racial".
Os três estiveram na Universidade Zumbi dos Palmares, destinada a promover a educação superior dos negros no país, para participar de uma das atividades que a instituição organizou para comemorar o Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro em parte do país.
"O Brasil é a segunda nação negra do mundo, então por que muitas vezes os negros são tratados como cidadãos de segunda categoria? Além da lei, necessitamos enfrentar a história e os preconceitos", destacou Lula em discurso no qual defendeu uma "mudança de visão do país" em relação à raça negra.
Apesar de os negros e mulatos representarem 50,7% da população brasileira, segundo o último censo publicado pelo IBGE, Lula afirmou que ainda quer ver "os afrodescendentes ocupando cargos nas direções" das empresas e órgãos públicos.
Jackson, por sua parte, encorajou o Brasil a "sonhar" e "ter um presidente negro", e pediu que o governo siga investindo em políticas de igualdade e a favor dos direitos humanos.
"Quando o mundo vier para o Brasil (na Copa do Mundo de 2014), não se tem que tratar os atletas como (pessoas de) primeira classe e o resto como de segunda", comentou Jackson.
O debate sobre a inclusão racial foi um dos principais pontos abordados durante a conferência, na qual o presidente da Guiné aproveitou para lembrar a importância do povo afrodescendente no Brasil.
"O negro era dominado. Hoje, por exemplo, todos os países africanos são independentes. Dizem que a África é o futuro do mundo, portanto, os afro-brasileiros são o futuro do Brasil", comentou.
Lula, Jackson e Condé aproveitaram também sua presença para reviver os 50 anos do "sonho" de Matin Luther King, que em 1963 liderou a histórica manifestação em defesa dos direitos civis e o fim da discriminação racial.
Durante o encontro, Lula, considerado por Jackson como "o melhor presidente brasileiro de todos os tempos", recebeu da universidade o troféu Raça Negra, entregue às personalidades comprometidas com a igualdade racial.
São Paulo, 18 nov (EFE).- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o reverendo americano e ativista pelos direitos humanos, Jesse Jackson, e o presidente da Guiné, Alpha Condé, se encontraram nesta segunda-feira em São Paulo e defenderam a "igualdade racial".
Os três estiveram na Universidade Zumbi dos Palmares, destinada a promover a educação superior dos negros no país, para participar de uma das atividades que a instituição organizou para comemorar o Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro em parte do país.
"O Brasil é a segunda nação negra do mundo, então por que muitas vezes os negros são tratados como cidadãos de segunda categoria? Além da lei, necessitamos enfrentar a história e os preconceitos", destacou Lula em discurso no qual defendeu uma "mudança de visão do país" em relação à raça negra.
Apesar de os negros e mulatos representarem 50,7% da população brasileira, segundo o último censo publicado pelo IBGE, Lula afirmou que ainda quer ver "os afrodescendentes ocupando cargos nas direções" das empresas e órgãos públicos.
Jackson, por sua parte, encorajou o Brasil a "sonhar" e "ter um presidente negro", e pediu que o governo siga investindo em políticas de igualdade e a favor dos direitos humanos.
"Quando o mundo vier para o Brasil (na Copa do Mundo de 2014), não se tem que tratar os atletas como (pessoas de) primeira classe e o resto como de segunda", comentou Jackson.
O debate sobre a inclusão racial foi um dos principais pontos abordados durante a conferência, na qual o presidente da Guiné aproveitou para lembrar a importância do povo afrodescendente no Brasil.
"O negro era dominado. Hoje, por exemplo, todos os países africanos são independentes. Dizem que a África é o futuro do mundo, portanto, os afro-brasileiros são o futuro do Brasil", comentou.
Lula, Jackson e Condé aproveitaram também sua presença para reviver os 50 anos do "sonho" de Matin Luther King, que em 1963 liderou a histórica manifestação em defesa dos direitos civis e o fim da discriminação racial.
Durante o encontro, Lula, considerado por Jackson como "o melhor presidente brasileiro de todos os tempos", recebeu da universidade o troféu Raça Negra, entregue às personalidades comprometidas com a igualdade racial.
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