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Piloto de helicóptero que caiu em Glasgow não fez chamada de emergência

02/12/2013 14h23

Londres, 2 dez (EFE).- O piloto do helicóptero da polícia que caiu em um pub de Glasgow, na Escócia, na sexta-feira, não fez nenhuma chamada de emergência, confirmou nesta segunda-feira o subinspetor chefe da divisão de investigação de acidentes aéreos (AAIB), David Miller.

Em entrevista à imprensa, Miller disse que o aparelho, um Eurocopter EC132 T2 da polícia escocesa, caiu sem registrar nenhum pedido de ajuda logo antes do acidente, que deixou nove mortos.

"Posso confirmar que o helicóptero não tem uma caixa preta, mas um número significativo de sistemas eletrônicos a bordo em que é possível recuperar dados. E não houve transmissões de emergência do piloto antes do acidente", disse Miller.

O subinspetor também afirmou que a princípio nenhuma peça do aparelho se desprendeu e que as hélices estavam bem conectadas ao rotor. Os destroços do aparelho serão levados para a base da AAIB em Farnborough, no sul da Inglaterra, para serem examinados detalhadamente.

Miller antecipou que espera ter um relatório preliminar "muito em breve" e ressaltou que não há indícios que liguem este acidente com outros de helicópteros que aconteceram em plataformas petrolíferas do Mar do Norte.

O Eurocopter EC135 da polícia escocesa desabou sobre o pub Clutha Vaults de Glasgow às 20h25 (em Brasília) na sexta, quando havia em seu interior cerca de 120 pessoas para um show, deixando nove mortos e 32 feridos, dos quais 12 ainda continuam internados.

A polícia confirmou que o aparelho foi inspecionado em julho por recomendação da empresa arrendadora, Bond Air Services, depois de o mesmo modelo ter apresentado erros, mas não encontrou nenhum defeito.

Os serviços de resgate escoceses terminaram hoje a retirada dos destroços do aparelho, que ainda estava no teto do pub, e agora irão vistoriar novamente o bar à procura de mais vítimas.

O prefeito do Prefeitura de Glasgow, Gordon Matheson, prometeu hoje ajuda financeira aos familiares dos feridos e vítimas fatais do acidente, cujas causas são objeto de uma investigação também da procuradoria.