Putin adverte Kiev que operações no sudeste da Ucrânia terão consequências

Moscou, 24 abr (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu nesta quinta-feira as autoridades da Ucrânia de que as operações antiterroristas no sudeste deste país terão consequências tanto para os que as ordenaram como para as relações bilaterais russo-ucranianas.

"A operação punitiva terá clara consequências para as pessoas que tomaram essa decisão, e também para as relações entre os dois Estados", disse Putin ao comentar a operação antiterrorista lançada hoje na cidade de Slaviansk.

O Ministério ucraniano do Interior informou hoje que "cinco terroristas" morreram em combate em uma operação especial que começou hoje na cidade de Slaviansk.

"Já veremos como se desenvolvem os eventos", disse Putin, que em março pediu e obteve a autorização do Senado para empregar as Forças Armadas russas no território da Ucrânia.

O líder do Kremlin afirmou que "se realmente o atual regime de Kiev começou a empregar o exército contra a população em seu próprio país, trata-se sem dúvida de um crime muito grave contra seu próprio povo".

O presidente acrescentou que se forem confirmadas as informações sobre o ataque das forças especiais ucranianas a Slaviansk, controlada por milicianos armados pró-Rússia, o governo ucraniano poderá ser chamado de "junta" e "panelinha".

Slaviansk, com cerca de 120 mil habitantes, é o bastião da sublevação pró-Rússia contra o governo de Kiev, que eclodiu há quase três semanas nas regiões do sudeste da Ucrânia, cuja maioria da população fala russo.

"Estamos cercados. Temos força suficiente para oferecer resistência", assegurou em declarações ao canal russo "Rossiya 24" o autoproclamado prefeito de Slaviansk e líder das milícias populares locais, Viacheslav Ponomariov.

Segundo Ponomariov, duas colunas de blindados estão a poucos quilômetros da cidade, enquanto um correspondente do "Rossiya 24" informou que vários encouraçados já entraram em Slaviansk.

O governo ucraniano anunciou ontem que retomaria a operação antiterrorista contra as formações armadas ilegais no sudeste do país.

A decisão foi adotada pelo presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, depois de serem encontrados em Slaviansk o corpo do deputado da assembleia municipal de Gorlovka, Vladimir Ribak, que pertencia ao partido Batkivschina (Pátria), a maior formação da coalizão que governa em Kiev. EFE

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