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"Nunca encontraremos aliado melhor que a Polônia", diz Obama em Varsóvia

03/06/2014 10h44

Varsóvia, 3 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, destacou nesta terça-feira a forte aliança com a Polônia e se comprometeu a promover futuras exportações de energia de seu país para a Europa - o que Varsóvia considera fundamental para reduzir a dependência energética do gás russo que a região vive.

"Os verdadeiros amigos encontra-se nas dificuldades, e nós (EUA) nunca encontraremos no mundo melhor aliado que a Polônia", disse Obama em um breve pronunciamento à imprensa acompanhado do primeiro-ministro polonês, Donald Tusk.

"Compartilhamos os mesmos valores, isso é o mais importante", acrescentou Tusk.

Obama agradeceu à Polônia por seu "esforço" para conseguir um acordo de comércio com a União Europeia (UE) que torne possível que no futuro Estados Unidos possa aumentar suas exportações de energia à Europa.

Vários países do leste da Europa liderados pela Polônia demandam reformas energéticas na UE para reduzir a dependência de gás russo e evitar que as provisões se vejam afetadas pelas tensões políticas na zona, como aconteceu há dois anos quando Moscou decidiu suspender seus envios de gás à Europa através da Ucrânia diante das desavenças com as autoridades ucranianas.

"É necessário aumentar a independência energética da Europa", disse Tusk, que mostrou sua satisfação por esse "compromisso pessoal" de Obama de colaborar na diversificação das fontes de energia europeias.

O presidente dos Estados Unidos também se comprometeu a apoiar a Polônia na modernização de seu exército, palavras que chegam depois que o país centro-europeu tenha anunciado sua intenção de elevar a despesa militar até 2% de seu Produto Interno Bruto.

"A Polônia é nosso aliado e terá um papel muito importante na hora de enfrentar a recuperação econômica da Ucrânia", disse Obama, que destacou o papel "crucial" de Varsóvia para evitar o aumento da violência na vizinha Ucrânia.

"Polônia e Estados Unidos estão unidos em sua vontade de apoiar os ucranianos, não só para manter sua integridade territorial e a segurança, mas para realizar as reformas econômicas que serão necessárias", acrescentou o presidente dos Estados Unidos.