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Analistas internacionais estão sob fogo de artilharia no leste da Ucrânia

31/07/2014 11h13

Moscou, 31 jul (EFE).- O grupo de analistas internacionais e observadores da OSCE que chegaram nesta quinta-feira ao local do acidente do voo MH-17, foram surpreendidos por fogo de artilharia procedente de uma zona próxima na qual combatem as forças ucranianas e os separatistas pró-russos.

Vários projéteis disparados explodiram a cerca de cem metros do local onde trabalhavam os quatro analistas holandeses e australianos, segundo o testemunho de um jornalista da agência russa "RIA Novosti" que acompanha ao grupo liderado pela OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa).

Após quatro dias sem poder chegar ao epicentro da catástrofe -um local descampado junto à cidade de Grabovo, na rebelde região de Donetsk- um pequeno grupo integrado por três veículos chegou hoje ao local sem que aparentemente os dois grupos envolvidos no conflito soubessem disso.

Tanto é verdade, que depois que a OSCE informou em seu Twitter sobre a chegada dos analistas a Grabovo, os rebeldes desmentiram em seguida essa informação e asseguraram que a zona é palco de combates entre os dois grupos enfrentados no leste da Ucrânia.

"Os analistas se encontram ainda em Donetsk. O Exército ucraniano não deixou de combater (a zona). Neste momento, o exercito ucraniano é o único que obstrui" a investigação sobre a tragédia do voo MH17 da Malaysia Airlines, disseram à agência "Interfax" os rebeldes da região de Donetsk.

Também um alto cargo do Ministério do Interior ucraniano revelou a uma emissora de rádio que as forças ucranianas e os separatistas combatem junto ao marco zero da tragédia.

"No local da catástrofe há muitas plataformas de lançamento de mísseis 'Grad'. Temos informações de que os acessos à zona estão minados", disse à emissora "Baltkom" o conselheiro do Ministério do Interior ucraniano, Anton Gueraschenko.

O conselheiro acrescentou que os analistas internacionais, que já informaram instantes antes sobre sua chegada ao local da tragédia, "poderão começar a trabalhar ali (...) quando os valentes soldados ucranianos libertarem esse território".

"A missão de observadores da OSCE chegou ao local do acidente do MH17 pela primeira vez em uma semana, acompanhada de quatro analistas holandeses e australianos. Foi usada uma nova rota" para chegar à zona, escreveu a OSCE no Twitter.