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Cães farejadores ajudam na busca por corpos de vítimas de avião na Ucrânia

02/08/2014 07h39

Kiev, 2 ago (EFE).- Analistas internacionais entraram neste sábado na zona da tragédia do avião da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia com cães farejadores em uma tentativa de localizar todos os restos dos 298 ocupantes da aeronave.

"Oito observadores da missão de supervisão (da OSCE) chegaram ao local da catástrofe junto com 70 especialistas internacionais e cães de rastreamento", informou a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa em sua conta no Twitter.

A nota acrescentou que "temos um longo dia pela frente no qual nos dedicaremos à busca dos restos das vítimas".

No primeiro dia de trabalho na pequena cidade de Grabovo, os analistas encontraram na sexta-feira restos humanos, que serão levados para Kharkiv para exame e refrigeração antes da repatriação à Holanda para sua identificação.

O Grupo de Contato concordou em garantir um corredor seguro para que os especialistas internacionais realizem seu trabalho no terreno controlado pelas milícias insurgentes.

Uma vez concluída a jornada os especialistas decidiram não retornar a Donetsk, a capital regional, mas passar a noite em uma cidade mais próxima, Soledar, sob o controle das forças de segurança do governo ucraniano.

Segundo as autoridades australianas, podem estar ali partes dos corpos de 800 das quase 300 vítimas, já que a grande maioria já está em Kharkiv ou repatriada à Holanda.

Os separatistas pró-russos que controlam parcialmente o amplo território em que caiu o avião afirmaram também que ainda pode haver corpos na área.

"Um grande fragmento da fuselagem está ao lado da cidade de Petropavlovka. Não o levantamos à espera da chegada dos analistas. Debaixo pode haver corpos", disse à agência russa RIA Novosti um porta-voz dos sublevados.

Os especialistas também buscam entre os destroços do Boeing-777 de Malaysia Airlines provas que permitam identificar as causas da tragédia, que segundo investigações preliminares americanas teria sido derrubado por um míssil dos insurgentes, e por objetos pessoais para enviá-los aos familiares das vítimas.EFE

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