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"Sem dúvida as sanções contra a Rússia aumentarão", diz Hollande

30/08/2014 08h57

Paris, 30 ago (EFE).- O presidente francês, François Hollande, afirmou neste sábado que "sem dúvida" o Conselho Europeu de Bruxelas decidirá aumentar as sanções contra a Rússia perante a situação da Ucrânia, sem especificar o tipo de punição.

"As sanções sem dúvida serão aumentadas e a Comissão Europeia tem que estimar seu nível", afirmou Hollande em Paris ao término de um encontro informal com oito líderes social-democratas europeus prévio à cúpula de chefes de Estado e governo da União Europeia (UE) desta tarde.

O presidente francês disse que a situação "se agravou" na fronteira entre Ucrânia e Rússia, acusou Moscou de armar os separatistas do leste do país e considerou "provável" a presença de soldados russos em território ucraniano.

"Há uma escalada que faz com que o número de mortos seja impressionante, 2,5 mil nas últimas semanas. A população civil está sendo particularmente afetada, com deslocados e refugiados", disse o presidente, que considerou a situação da Ucrânia "a crise mais grave desde o final da Guerra Fria".

Embora o que aconteça nesse país "afeta todo o mundo", Hollande disse que "a Europa está particularmente concernida porque se trata de sua fronteira e porque a Ucrânia é um país associado da UE".

Por isso pediu ao Conselho, no qual participará o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, "que atue sem tempo a perder" porque "o risco é que ocorra uma autêntica guerra".

Hollande disse que falou ontem com seu colega russo, Vladimir Putin, a quem indicou sua "abertura ao diálogo" mas com "condições prévias", que passam, disse, "pelo respeito da integridade territorial da Ucrânia, o final da ajuda militar aos separatistas ucranianos e a promoção de um diálogo entre ucranianos".

A Rússia deve fazer "gestos que mostrem que deseja acabar com a situação atual na Ucrânia" e buscar "uma saída política à crise, a única possível", acrescentou.

Perante o perigo de agravamento do conflito, o presidente francês indicou que "não há tempo a perder" porque "não se pode deixar que a situação ameace provocar uma autêntica guerra".