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Família de Sotloff pede privacidade para superar "horrível tragédia"

Reuters/Reprodução
Imagem: Reuters/Reprodução

Em Miami

02/09/2014 17h36

A família do jornalista americano Steven Sotloff, 31, sequestrado na Síria, pediu privacidade nesta terça-feira (2) para superar a "horrível tragédia", após tomar conhecimento da existência de um vídeo que mostra a suposta decapitação do profissional por um terrorista do EI (Estado Islâmico).

"A família soube desta horrível tragédia e está de luto", disse o porta-voz, Barak Barfi.

O comunicado, de apenas duas frases, acrescenta que "não haverá comentários públicos da família neste momento difícil". Na semana passada, a mãe do jornalista, Shirley Sotloff, pediu que o EI fosse "misericordioso" e libertasse seu filho.

O vídeo, intitulado "Segunda mensagem à América" e divulgado pelo grupo de inteligência "Site", é muito parecido ao distribuído pelo EI no final de agosto com a decapitação do jornalista americano James Foley, em que a organização jihadista ameaçava matar Sotloff se o presidente americano, Barack Obama, continuasse com sua campanha de ataques seletivos no Iraque.

As imagens mostram Sotloff vestido com uma túnica laranja ajoelhado junto a um homem encapuzado que assegura ser o mesmo indivíduo que matou Foley. Antes de ser decapitado, Sotloff se dirige a Obama para dizer que está "pagando" com sua vida o preço de sua "interferência" no Iraque.

"Por acaso não sou um cidadão americano? Gastam bilhões de dólares dos impostos americanos e perdemos milhares de nossas tropas lutando contra o Estado Islâmico. Onde esta o interesse das pessoas quando voltamos a esta guerra?", afirma.

Acredita-se que Sotloff, nascido em Miami, foi capturado em agosto de 2013 perto da fronteira entre a Síria e a Turquia. Ao longo de sua carreira, trabalhou como para veículos como "Time", "World Affairs Journal" e "Christian Science Monitor" a partir da Líbia, Iêmen e Síria.

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