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Colégios eleitorais são fechados e começa a apuração em Fiji

17/09/2014 04h44

Cairns (Austrália), 17 set (EFE).- Os colégios eleitorais em Fiji fecharam nesta quarta-feira dando início ao processo de apuração dos votos emitidos para escolher o próximo parlamento unicameral, que restabelecerá a democracia interrompida com o golpe militar de 2006.

A Comissão Eleitoral prevê divulgar os primeiros resultados provisórios ainda esta noite, segundo o jornal local "Fijilive".

O índice de participação poderia superar 75%, segundo cálculos do funcionário responsável pelo pleito, Mohammed Saneem.

A maior afluência de eleitores aconteceu durante as primeiras horas da jornada e não se informou de incidentes ou irregularidades destacáveis.

Um total de 249 candidatos, 44 deles mulheres, disputam as 50 cadeiras do parlamento unicameral, de acordo com a nova Constituição aprovada no ano passado pelas autoridades sem consulta popular.

O contra-almirante Frank Bainimarama, primeiro-ministro interino e líder do partido FijiFirst, goza de 60% de popularidade entre os mais de 900 mil moradores do arquipélago, o que o situa como o candidato favorito, segundo algumas enquetes.

Sua principal rival, a aristocrata Teimumu Kepa, líder do conservador Partido Liberal, Democrata e Social (SODELPA), conta com um apoio de 17%.

Bainimarama, que dirigiu o golpe militar de 2006, prometeu que aceitará o resultado das urnas, que abrirá um novo período democrático nesta ex-colônia britânica que viveu quatro conflitos desde sua independência em 1970.

Bainimarama insiste que teve que tomar o poder em 2006 devido às "políticas racistas" do governo do então primeiro-ministro, Laisenia Qarase, em detrimento da minoria fijiana de origem indiana, embora sua atuação tenha lhe custado sanções de países como Austrália e Nova Zelândia, e blocos como a União Europeia.