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Jovem iemenita é acusado de recrutar militantes para o EI em Nova York

17/09/2014 03h31

Washington, 17 set (EFE).- A Justiça dos Estados Unidos acusou nesta terça-feira o jovem Mufid A. Elfgeeh, iemenita naturalizado americano, de recrutar militantes para lutar nas fileiras do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque e atentar contra muçulmanos xiitas e militares no país americano.

Elfgeeh, de 30 anos e residente em Rochester (Nova York), foi detido no dia 31 de maio pela compra de duas pistolas com silenciador para disparar contra militares americanos que voltaram ao país após lutar nas guerras do Oriente Médio.

O outro alvo eram os muçulmanos xiitas do noroeste do estado de Nova York, informou o Departamento de Justiça em comunicado.

O acusado estava sendo investigado há meses por informantes encobertos do FBI e foi detido quando tentou comprar as citadas armas de um deles.

Segundo a Justiça americana, Elfgeeh tentou convencer dois dos informantes e uma terceira pessoa no Iêmen de viajar à Síria para lutar nas fileiras do EI.

O acusado despertou os alarmes do FBI há um ano, quando começou a publicar mensagens de apoio aos jihadistas no Twitter. Em uma delas escreveu que todo o mundo deveria doar um terço de seu salário ao grupo extremista.

O Departamento de Justiça assegura que Elfgeeh nunca conseguiu avançar em seu plano e que, portanto, não representou em nenhum momento um perigo público.

O recrutamento de cidadãos ocidentais para lutar junto ao EI é uma das maiores preocupações dos governos dos EUA e da Europa por tratar-se de indivíduos com liberdade de movimentos e que, portanto, poderiam perpetrar atentados em solo americano ou europeu.