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Protestos por reformas democráticas em Hong Kong terminam com 13 detidos

De Pequim

27/09/2014 02h05

Pelo menos 13 detidos e várias pessoas feridas é o saldo provisório dos confrontos deste sábado (27) entre a polícia de Hong Kong e estudantes que protestam a favor de reformas democráticas no território.

Os incidentes começaram já de madrugada, quando milhares de manifestantes, que encerravam uma semana de protestos iniciada na segunda-feira passada (22), se dirigiram à sede do governo de Hong Kong.

Ali, alguns conseguiram entrar na esplanada na frente do edifício. Essa esplanada, conhecida como Praça Cívica, foi tradicionalmente um lugar para os protestos de cidadãos, mas foi cercada em julho passado pelas autoridades.

Os confrontos começaram quando a polícia tentou expulsar aos estudantes da área cercada. Os agentes usaram gás pimenta, e, segundo as autoridades, quatro policiais e dez guardas de segurança da sede governamental ficaram feridos.

Segundo a polícia e a federação de estudantes, cerca de cinco mil pessoas participaram da manifestação da noite de sexta-feira, várias centenas das quais ainda permanecem na região.

A eles se somaram nesta manhã alguns dirigentes do movimento "Occupy Central", entre eles seu líder, Benny Tai.

A polícia disse que há 13 detidos por desordem pública, agressões a agentes e entrada não autorizada em propriedade governamental.

Tanto as autoridades como a federação de estudantes se acusaram mutuamente pelo início da violência.

Greve e protestos

Os estudantes começaram na segunda-feira passada uma greve e uma semana de protestos como resposta à decisão que as autoridades de Pequim anunciaram no final de agosto de não permitir uma eleição aberta para o próximo governante de Hong Kong.

Segundo a decisão do governo chinês, a eleição de 2017 será por sufrágio universal, mas entre dois ou três candidatos que necessitarão do respaldo prévio de um comitê consultivo.