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Aviação britânica lança seu primeiro ataque contra os jihadistas no Iraque

30/09/2014 15h00

Londres, 30 set (EFE).- Aviões da Real Força Aérea Britânica (RAF, sigla em inglês) atacaram nesta terça-feira, pela primeira vez, posições do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Iraque depois que o parlamento do Reino Unido aprovou os bombardeios na última sexta-feira.

Os aviões de combate atacaram um veículo e uma posição armada após vários dias nos quais as missões da aviação britânica tinham se limitado a voos de reconhecimento para detectar possíveis alvos, informou hoje o Ministério da Defesa britânico.

Os dois "ataques de precisão" contra os jihadistas foram realizados "com sucesso, segundo a avaliação inicial", e os dois aviões retornaram sem problemas à base de Akrotiri, no Chipre, ressaltou o ministro da Defesa, Michael Fallon.

Ambos caças tinham iniciado hoje uma nova "missão de reconhecimento armado" quando as tropas curdas no noroeste do Iraque pediram sua ajuda para repelir um ataque.

Os alvos que os aviões da RAF alcançaram eram uma "posição de armamento pesado" e uma "caminhonete armada", assegurou Fallon, que na semana passada avançou que a informação fornecidas pelos serviços de inteligência iraquianos é fundamental para a missão militar internacional liderada pelos Estados Unidos.

"Quando chegou ao ponto indicado, a patrulha da RAF, utilizando seu sistema de fixação de alvos Litening III, identificou uma posição de armamento pesado do EI que ameaçava as tropas curdas no terreno", relatou em comunicado o Ministério da Defesa.

"Um míssil guiado foi utilizado para atacar essa posição do EI. Após essa ação, a patrulha identificou uma caminhonete do EI armada na mesma zona e efetuou um ataque contra ela utilizando um míssil Brimstone", acrescenta a nota do Ministério.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores britânico, Philip Hammond, tinha advertido hoje que é necessário um "processo de vigilância, recolhimento de dados informação secreta e de sínteses" antes de lançar ataques no Iraque.

Hammond ressaltou que os aviões da RAF devem estar "totalmente certos" de que atacam alvos do EI para "não matar civis sunitas inocentes em áreas ocupadas pelo EI".

"Se não, vamos obter o efeito contrário ao que pretendemos", raciocinou Hammond.

O Reino Unido decidiu na sexta-feira se unir aos ataques americanos que começaram no início de agosto no Iraque, apesar de ser manter, por enquanto, afastado das missões na Síria.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, argumentou na câmara dos Comuns que o pedido oficial de ajuda lançado pelo primeiro-ministro iraquiano, Haider Al Abadi, serve de base legal para bombardear posições do EI em solo iraquiano, enquanto o regime sírio de Bashar al Assad não pediu ajuda para combater os extremistas.