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Operações de resgate são retomadas no vulcão japonês Ontake

01/10/2014 02h19

Tóquio, 1 out (EFE).- As equipes de resgate retomaram nesta quarta-feira (data local) suas operações no monte Ontake, no centro do Japão, cuja erupção deixou pelo menos 36 mortos, após o acúmulo de gases e fumaça e o temor de novas explosões ter obrigado a uma suspensão das buscas no dia anterior.

No início da manhã, 24 corpos foram retirados do alto do vulcão. Até o momento, há registro de 69 pessoas feridas.

O raio das operações deverá ser ampliado nesta quarta-feira para a face sul do Ontake, próximo da cratera, onde ainda não foi possível chegar e existe um pedaço de montanha no qual pode haver montanhistas presos.

O monte Ontake, o segundo vulcão mais alto do Japão, com 3.067 metros e localizado a cerca de 100 quilômetros da cidade de Nagóia, começou a expulsar fumaça, rochas e cinzas na madrugada do sábado e desde então vem expelindo resíduos.

Centenas pessoas estavam praticando montanhismo no vulcão no momento da erupção, e a maioria conseguiu abandonar a área ou foram evacuados, os últimos na manhã do domingo com a ajuda de helicópteros militares.

Apesar da persistente atividade vulcânica do Ontake, cerca de mil membros das Forças de Autodefesa (exército), polícia e bombeiros participarão das operações de hoje.

A grossa camada de cinza que cobre o cume do monte dificulta a mobilidade e a visibilidade dos agentes envolvidos na operação de resgate, que tiveram que utilizar coletes a prova de balas diante da persistente queda de pedras.

Os legistas da polícia japonesa afirmaram que vários corpos apresentavam grandes fraturas cranianas ou nas costelas. Também foram registradas queimaduras internas por inalação de cinza.

O Ontake fica situado entre as cidades de Gifu e Nagano. Sua última grande erupção aconteceu em 1979, quando o vulcão expulsou 200 mil toneladas de cinzas.

O Japão está situado no anel de fogo do Pacífico e conta em seu território com mais de cem vulcões ativos e inativos.