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Líderes da UE esperam fechar hoje acordo ambiental que valerá até 2030

23/10/2014 03h55

Bruxelas, 23 out (EFE).- Os chefes de Estado e do governo da União Europeia (UE) esperam fechar nesta quinta e sexta-feira, na cúpula que começa hoje em Bruxelas, um complexo acordo sobre os objetivos que marcarão as políticas energéticas e climáticas até 2030.

Os líderes europeus se comprometeram a chegar a um consenso sobre o programa de políticas energéticas e climáticas, que inclui metas de redução de emissões de dióxido de carbono (CO2), para fomentar as renováveis e melhorar a eficiência energética.

Sobre a redução de emissões, os países da UE provavelmente respaldarão uma redução de 40% em comparação com os níveis de 1990, com a permissão da Polônia.

Esse país parece disposto a suspender seu tradicional bloqueio às questões climáticas em troca da garantia do respaldo financeiro europeu para sua modernização e da manutenção das permissões de emissão gratuitas à indústria além de 2020.

Quanto às renováveis, a UE definirá que deverão ser fonte de "pelo menos" 27% da energia utilizada em 2030, segundo uma minuta das conclusões do encontro, um compromisso intermediário entre os que defendem situá-lo em 30%, como Alemanha e Portugal, e seus opositores, como o Reino Unido.

Finalmente, o objetivo de eficiência energética pedirá uma economia de 30% para 2030, mas só de maneira "indicativa", e não de cumprimento obrigatório.

Outras questões que serão abordadas na cúpula são: a crise do ebola, ponto no qual os líderes chancelarão a nomeação estipulada na segunda-feira de um responsável europeu para a coordenação das respostas à doença; e a situação na Ucrânia.

Esta será a última cúpula com os atuais presidente da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, José Manuel Durão Barroso e Herman Van Rompuy, e nela os líderes designarão oficialmente o novo colegiado de comissários liderado pelo luxemburguês Jean-Claude Juncker.

Na sexta-feira os líderes da zona do euro examinarão a aplicação prática das regras de disciplina fiscal e a possibilidade de dar margem aos países que as têm cumprido.