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Presidente do México deve se reunir novamente com familiares de desaparecidos

31/10/2014 05h22

Cidade do México, 30 out (EFE).- O presidente do México, Enrique Peña Nieto, acenou de forma positiva para a proposta de uma nova reunião com os familiares e companheiros dos 43 estudantes desaparecidos no estado de Guerrero, informou nesta quinta-feira o porta-voz presidencial Eduardo Sánchez em entrevista coletiva.

O representante presidencial deu mais detalhes sobre a reunião de ontem, que incluiu 70 pessoas, entre estudantes e familiares das vítimas, com Peña Nieto na residência presidencial.

"Os que estavam lá (no encontro), solicitaram ao presidente uma segunda reunião para a próxima semana, e o presidente lhes disse que 'certamente haverá uma segunda reunião' e, sem estipular uma data específica, propôs que a mesma aconteça quando houver mais informações sobre o caso", disse o porta-voz.

Sánchez afirmou que Peña Nieto corroborou aos familiares dos desaparecidos seu compromisso "de aprofundar a investigação e que não haverá espaço para a impunidade".

Por sua vez, o diretor da Agência de Investigação Criminal (AIC), Tomás Zerón, explicou que nos 25 dias em que a Procuradoria Geral da República (PGR) esteve a cargo das investigações, foram feitos mais de mil percursos terrestres em Guerrero, 143 voos de reconhecimento e mais de 20 mil panfletos foram distribuídos para tentar encontrar os estudantes desaparecidos.

Acrescentou que 10 mil efetivos federais participam das investigações em Guerrero, dos quais 6,8 mil são militares da Secretaria da Defesa, 900 da Marinha, 1,7 mil da Polícia Federal, 300 são investigadores da AIC, 110 são peritos e 50 são agentes do Ministério Público.

Acrescentou que entre eles há mergulhadores e espeleólogos e que a operação conta com o apoio de nove helicópteros, cinco aviões, oito lanchas, oito ambulâncias, quatro laboratórios, radares e o uso dos satélites mexicanos.

Zerón afirmou que foi estabelecido um grupo de trabalho permanente, com a participação de todas as corporações federais que trabalham no setor de inteligência, para oferecer suporte às brigadas de busca em Guerrero e em outros lugares, que são formadas por estudantes, familiares e agentes federais.

Informou que, até o momento, um agente federal morreu durante os trabalhos de busca, depois que se afogou em uma represa.

Lembrou que, até agora, são 56 detidos, entre eles policiais dos municípios de Iguala e Cocula e membros da organização criminosa Guerreros Unidos, entre os quais se destaca o líder do grupo, Sidronio Casarrubias. Também foram emitidas 26 ordens de captura, incluindo a do ex-prefeito de Iguala, José Luis Abarca.

Comentou que os 38 corpos que foram encontrados em valas clandestinas foram transferidos para as instalações da PGR para serem submetidos a análises periciais e que estão aguardando os resultados dos peritos argentinos que trabalham no caso para comparar os resultados.