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Kremlin defende "galanteio" de Putin com primeira-dama da China

Em Moscou

11/11/2014 15h18

O Kremlin defendeu nesta terça-feira o gesto de galanteio do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que pôs uma manta sobre os ombros da primeira-dama da China durante o jantar de gala da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em Pequim.

"Tradição ou não tradição, mulher ou não mulher, o frio é igual para todos. O fato de que tenha lhe oferecido uma manta é um comportamento normal, um gesto normal que, certamente, qualquer pessoa faria", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.

Na opinião de Peskov, que reagiu assim perante as críticas ao gesto de Putin nos meios de comunicação ocidentais e aos boatos de que a primeira-dama chinesa se sentiu incomodada, "o demais são preconceitos e discussões inúteis, absolutamente absurdas".

Durante o jantar, Putin - vestido com um tradicional traje Mao - gentilmente cobriu com uma manta os ombros de Peng Liyuan, esposa do presidente da China, gesto que esta agradeceu em um primeiro momento.

Segundos depois, um dos assistentes de Peng lhe ofereceu uma jaqueta, após o que esta tirou a manta e se abrigou com a nova peça, perante o olhar e o gesto de aprovação do chefe do Kremlin.

À direita de Peng, estavam sentados por esta ordem seu marido e presidente da China, Xi Xinping, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que nesse momento conversava animadamente com seu colega.

A censura chinesa não demorou a tirar da internet o vídeo com as imagens de Putin e Peng, popular cantora de ópera do exército chinês.