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Governador mexicano vai reforçar apoio a famílias de 43 desaparecidos

22/11/2014 22h16

Chilpancingo (México), 22 nov (EFE).- O governador do estado de Guerrero, no México, Rogelio Ortega Martínez, disse neste sábado que estabeleceu acordos com os familiares dos 43 estudantes desaparecidos e com os professores para dar mais apoio na luta por suas reivindicações.

"Reunimo-nos com alguns dos pais de família, não queremos gerar pressão alguma", disse Ortega ao término da entrega de 384 casas por parte do Governo Federal aos afetados pelos furacões Ingrid e Manuel em 2013.

Ortega não detalhou os acordos a que chegou com os familiares nem com os professores, mas assegurou que estes "foram frutíferos, sem protagonismos e com a discrição que os próprios autores nos solicitaram".

Acrescentou que nesses encontros, seu governo se comprometeu com os pais a acompanhá-los e "ser solidário com todo o drama e dor que estão vivendo", assinalando que acompanhou os pais de maneira sincera e solidária.

Além disso, Ortega disse que também colaborará para verificar que toda informação oficial "seja veraz" a fim de readquirir a confiança e a credibilidade nas instituições.

Os protestos pelo desaparecimento de 43 estudantes nos fatos violentos do dia 26 de setembro no município de Iguala completaram oito semanas e aumentaram, inclusive com fatos violentos, devido a que as autoridades mexicanas não conseguiram esclarecer os fatos, nem deram com o paradeiro dos jovens.

Ortega disse que também conversou com os estudantes da escola de Ayotzinapa para oferecer um projeto acadêmico de mestrado e doutorado, embora tenha lembrado que a prioridade por enquanto é encontrar com vida os 43 estudantes desaparecidos.

O governador, que substituiu Ángel Aguirre Rivero, afirmou que a declaração de alguns pais de começar a buscar por sua própria conta os desaparecidos com o apoio dos policiais comunitários, deve ser um esforço para colaborar com as investigações da Promotoria Federal.

O governo de Guerrero, disse, manterá a via do diálogo com todas as forças presentes neste estado para avançar nas soluções de todos os conflitos e lembrou que em sua posse afirmou que "não criminalizaria os protestos, nem os movimentos sociais".

"Minha proposta é a de construir a paz democrática, não a paz dos sepulcros, que garanta também uma governabilidade democrática", finalizou.