Corte chilena rejeita reabrir investigação sobre morte de Salvador Allende
Santiago do Chile, 24 nov (EFE).- A Corte de Apelações de Santiago rejeitou nesta segunda-feira um recurso que buscava reabrir a investigação sobre a morte do presidente Salvador Allende, ocorrida no Palácio de la Moneda durante o golpe militar de 11 de setembro de 1973, informaram fontes judiciais.
O recurso foi apresentado em setembro por uma organização de expressivos políticos e foi rejeitado de forma unânime pela II Sala do Tribunal de Alçada, precisaram as fontes.
O pedido era fundamentado em uma declaração de Dagoberto Palacios, que assegura que um tio, que integrou as tropas que atacaram a sede do governo chileno durante o golpe liderado por Augusto Pinochet, confessou que havia dado o tiro da morte de Allende.
Em 7 de janeiro, a Corte Suprema encerrou definitivamente a investigação sobre a morte do líder socialista (1970-1973), ao opinar que Allende se suicidou.
O máximo tribunal chileno referendou assim a decisão em primeira instância do juiz especial Mario Carroza em setembro de 2012, que foi confirmada em junho de 2013 pela Corte de Apelações, no sentido de que na morte de Allende não houve intervenção de terceiros.
"Os fatos que significaram a morte de Salvador Allende Gossens provêm de um ato deliberado no qual, voluntariamente, este tira sua vida e não há intervenção de terceiros, seja para sua incumbência como para seu auxílio, estimando-se em consequência que estes não seriam constitutivos de delito", precisa a decisão.
A investigação sobre a morte de Allende foi aberta em janeiro de 2011, quando a promotora Beatriz Pedrals apresentou uma denúncia para esclarecer 726 casos de eventuais violações aos direitos humanos cometidas durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que nunca até então tinham sido investigadas.
A investigação determinou que quando o Palacio de La Moneda ardia após ser bombardeado pela Força Aérea em 11 de setembro de 1973, Allende se dirigiu ao Salão Independência, situado no segundo andar, e fechou a porta.
"Uma vez em seu interior, se sentou em um sofá, colocou um fuzil que levava entre suas pernas e apoiando em seu queixo, o acionou, falecendo de forma instantânea produto do disparo recebido", indica a resolução.
Embora ainda haja os que insistem que Allende foi assassinado pelos militares, a investigação determinou que as tropas "chegaram ao salão depois que o presidente Allende tirou a própria vida".
"Não há nenhuma testemunha que possa aprovar a tese do enfrentamento", acrescenta a resolução, que conclui que "os fatos que significaram a morte" de Allende.
A investigação incluiu a exumação dos restos de Allende em maio de 2011 e dois meses depois, uma equipe de peritos concluiu que a causa do falecimento foi uma "lesão perfurante da cabeça por projétil de arma de fogo de alta velocidade".
O corpo de Allende voltou a ser sepultado no Cemitério Geral de Santiago em 9 de setembro de 2011, enquanto sua família sempre se declarou convencida de que o presidente socialista se suicidou.
O recurso foi apresentado em setembro por uma organização de expressivos políticos e foi rejeitado de forma unânime pela II Sala do Tribunal de Alçada, precisaram as fontes.
O pedido era fundamentado em uma declaração de Dagoberto Palacios, que assegura que um tio, que integrou as tropas que atacaram a sede do governo chileno durante o golpe liderado por Augusto Pinochet, confessou que havia dado o tiro da morte de Allende.
Em 7 de janeiro, a Corte Suprema encerrou definitivamente a investigação sobre a morte do líder socialista (1970-1973), ao opinar que Allende se suicidou.
O máximo tribunal chileno referendou assim a decisão em primeira instância do juiz especial Mario Carroza em setembro de 2012, que foi confirmada em junho de 2013 pela Corte de Apelações, no sentido de que na morte de Allende não houve intervenção de terceiros.
"Os fatos que significaram a morte de Salvador Allende Gossens provêm de um ato deliberado no qual, voluntariamente, este tira sua vida e não há intervenção de terceiros, seja para sua incumbência como para seu auxílio, estimando-se em consequência que estes não seriam constitutivos de delito", precisa a decisão.
A investigação sobre a morte de Allende foi aberta em janeiro de 2011, quando a promotora Beatriz Pedrals apresentou uma denúncia para esclarecer 726 casos de eventuais violações aos direitos humanos cometidas durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), que nunca até então tinham sido investigadas.
A investigação determinou que quando o Palacio de La Moneda ardia após ser bombardeado pela Força Aérea em 11 de setembro de 1973, Allende se dirigiu ao Salão Independência, situado no segundo andar, e fechou a porta.
"Uma vez em seu interior, se sentou em um sofá, colocou um fuzil que levava entre suas pernas e apoiando em seu queixo, o acionou, falecendo de forma instantânea produto do disparo recebido", indica a resolução.
Embora ainda haja os que insistem que Allende foi assassinado pelos militares, a investigação determinou que as tropas "chegaram ao salão depois que o presidente Allende tirou a própria vida".
"Não há nenhuma testemunha que possa aprovar a tese do enfrentamento", acrescenta a resolução, que conclui que "os fatos que significaram a morte" de Allende.
A investigação incluiu a exumação dos restos de Allende em maio de 2011 e dois meses depois, uma equipe de peritos concluiu que a causa do falecimento foi uma "lesão perfurante da cabeça por projétil de arma de fogo de alta velocidade".
O corpo de Allende voltou a ser sepultado no Cemitério Geral de Santiago em 9 de setembro de 2011, enquanto sua família sempre se declarou convencida de que o presidente socialista se suicidou.
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