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Milhares de haitianos voltam às ruas para exigir renúncia de presidente

29/11/2014 01h07

Porto Príncipe, 28 nov (EFE).- Milhares de pessoas voltaram às ruas de Porto Príncipe, a capital do Haiti, nesta sexta-feira para exigir a renúncia do presidente Michel Martelly e a libertação dos presos políticos, mas foram impedidos de chegar até o Palácio Nacional por um cordão de segurança imposto pela polícia.

Os manifestantes montaram barricadas e queimaram pneus em várias ruas do centro da cidade, paralisando totalmente o trânsito de veículos e cantando palavras de ordem contra as autoridades.

"Hoje é um velório patriótico e permaneceremos aqui até a saída de Martelly e Lamothe", afirmaram os manifestantes, enquanto queimavam imagens do presidente haitiano, Michel Martelly, e do primeiro-ministro, Laurent Lamothe.

Entre os líderes da manifestação estavam a coordenadora do partido Fanmi Lavalas, Maryse Narcisse, e André Fadot, do Movimento pela Democracia.

Depois que foram impedidos de se aproximar da sede de governo, os manifestantes continuaram gritando palavras de ordem contra Martelly e Lamothe, antes de se dispersarem.

Em entrevista à rádio local, o ministro da Justiça, Jean Renel Sanon, advertiu mais uma vez que os agentes de segurança parlamentar, presentes na manifestação, não devem portar armas de fogo em eventos deste tipo, porque é proibido por lei.

No entanto, o senador de oposição John Joel Joseph disse que Sanon estava equivocado e lembrou que os parlamentares e sua segurança estão autorizados a circular pelas ruas armados.

Vários líderes da manifestação anunciaram que amanhã voltarão às ruas para exigir a saída de Martelly, a quem acusam de violar os direitos civis, de corrupção e de conspirar para evitar a realização de eleições municipais e legislativas.