Topo

Polícia confirma que há reféns em lanchonete de Sydney

Comissário de polícia se negou a vincular o fato a um ato terrorista, por causa da bandeira negra com uma mensagem em árabe de declaração da fé islâmica que alguns dos reféns foram obrigados a exibir - Reprodução/Twitter/@daiiytelegraph
Comissário de polícia se negou a vincular o fato a um ato terrorista, por causa da bandeira negra com uma mensagem em árabe de declaração da fé islâmica que alguns dos reféns foram obrigados a exibir Imagem: Reprodução/Twitter/@daiiytelegraph

Em Sydney (Austrália)

15/12/2014 02h25

A polícia de Sydney confirmou que um homem armado entrou em uma lanchonete do centro da cidade australiana e tomou entre 13 e 40 reféns, embora os números não tenham sido detalhados pelas autoridades.

"Posso confirmar que há uma pessoa armada no local que mantém um número indeterminado de reféns", disse Andrew Scipione, comissário da polícia do Estado de Nova Gales do Sul, durante uma entrevista coletiva.

"Não confirmamos ainda que se trata de um incidente relacionado com terrorismo", explicou o comissário, ao insistir em que ainda não se sabe qual é a motivação desta pessoa nem de onde vem.

O que assegurou é que as forças de segurança farão "todo o possível para conseguir um fim pacífico" para a situação, acrescentou Scipione, ao explicar que a polícia não teve contato com o homem armado que entrou a cafeteria Lindt, situado na área comercial de Martin Place.

Segundo os executivos da Lindt Australia, proprietária do local, dentro do estabelecimento há pelo menos dez funcionários e 30 clientes, embora a polícia não tenha confirmado o número exato de reféns.


Relatórios não confirmados asseguram que o agressor, um homem com barba e lenço na cabeça, exigiu falar com o primeiro-ministro, Tony Abbott, e assegura ter explosivos colocados em toda a cidade.

O comissário também se negou a vincular o fato a um ato terrorista, por causa da bandeira negra com uma mensagem em árabe de declaração da fé islâmica que alguns dos reféns foram obrigados a exibir.

"É uma bandeira que estivemos vendo e estamos tentando analisar o que significa, mas neste momento é melhor não levar este assunto mais longe. Estamos trabalhando com as agências associadas para determinar com quem estamos tratando aqui", disse.

O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, expressou sua cautela ao se referir ao sequestro. "Desconhecemos suas intenções ou se é um incidente com motivações políticas, apesar de que há indicadores que aponta para isso", declarou Abbott em breve pronunciamento para a imprensa, no qual evitou dizer a palavra "terrorismo".

A polícia australiana fechou parte do centro de Sydney e evacuou os moradores como medida de precaução, enquanto tenta entrar em contato com o sequestrador e os reféns.

Em setembro, as autoridades locais elevaram o alerta terrorista para "alto", devido à possibilidade de possíveis ataques a cargo de uma só pessoa, pequenos grupos ou grandes organizações.