Comissão do Senado do Paraguai investiga mortes de jornalistas
O senador paraguaio Arnoldo Wiens, membro da comissão parlamentar que investiga o assassinato do jornalista Pablo Medina e de sua assistente, Antonia Almada, afirmou nesta terça-feira (16) que um dos suspeitos de praticar o crime teria relações com políticos brasileiros.
O jornalista e sua acompanhante foram mortos há dois meses. Pablo Medina era correspondente do jornal "ABC Color" no departamento de Canindeyú, na fronteira com o Brasil, e investigava a atuação de traficantes e produtores de maconha na região.
Além de Medina, outros dois jornalistas paraguaios foram assassinados neste ano, Fausto Alcaraz e Elías Fernández Fleitas, ambos mortos após publicarem reportagens sobre o tráfico de drogas no Paraguai, segundo a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP)
Segundo o senador paraguaio, Vilmar Acosta, suspeito de ser o mandante do crime, teria ligações com políticos brasileiros. Wiens cita uma suposta "amizade" de Acosta com o governador eleito do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB).
Acosta é prefeito da cidade de Ypejhúe e é considerado foragido pela polícia paraguaia. Outros dois suspeitos também estão foragidos. As declarações do senador foram feitas com base em depoimentos de Arnaldo Cabrera, motorista de Vilmar Acosta, o único suspeito detido pelo crime até o momento.
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