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Raúl Castro recebe 3 agentes cubanos libertados em Havana

Raúl Castro recebeu os agentes libertados nesta quarta-feira em Havana. Da esquerda para a direita: Fernando Gonzalez, Ramón Labañino, Gerardo Hernández, Raúl Castro, Antonio Guerrero e Rene Gonzalez - TV Cuba
Raúl Castro recebeu os agentes libertados nesta quarta-feira em Havana. Da esquerda para a direita: Fernando Gonzalez, Ramón Labañino, Gerardo Hernández, Raúl Castro, Antonio Guerrero e Rene Gonzalez Imagem: TV Cuba

Em Havana

18/12/2014 00h33

O presidente de Cuba, Raúl Castro, recebeu nesta quarta-feira em Havana os três agentes cubanos que estavam presos nos Estados Unidos desde 1998 em um encontro, que foi transmitido pela televisão estatal, no qual se abraçaram e trocaram agradecimentos.

Horas depois que o próprio Castro confirmou a chegada dos agentes ao país em um pronunciamento exibido na televisão por volta do meio-dia, um telejornal nacional divulgou as primeiras imagens dos "heróis", como são conhecidos em Cuba.

"Estou orgulhoso de vocês pela resistência que mostraram, pelo valor e pelo exemplo que isso representa para todo nosso povo", disse Castro aos agentes, segundo o noticiário televisivo.

Também foram exibidas imagens do reencontro de Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerrero com seus familiares. O de Hernández com sua esposa, Adriana Pérez, foi especialmente emocionante, já que ela não o via há 16 anos, pois nunca obteve permissão dos Estados Unidos para visitá-lo na prisão.


Após sua chegada em Havana, Hernández, Labañino e Guerrero foram recebidos nas ruas pelos moradores e visitaram o cemitério para homenagear seus familiares mortos no período em que permaneceram detidos.

Hernández, Labañino e Guerrero fazem parte do grupo conhecido como "Los Cinco", detidos em 1998 nos Estados Unidos quando o FBI desmantelou a rede de espionagem cubana "Avispa" (vespa, em espanhol), que operava no sul da Flórida.

Todos admitiram que eram agentes do governo cubano "não declarados" nos EUA, mas que seus alvos eram "grupos terroristas de exilados" que conspiravam contra o então presidente Fidel Castro, e não contra o governo americano.

O grupo foi julgado e condenado a longas penas de prisão em 2001 e seu caso se transformou em mais um ponto de controvérsia no longo e tenso contencioso entre Havana e Washington.

Considerados "heróis" e "lutadores antiterroristas" em Cuba, o grupo também era formado por René González e Fernando González, que retornaram a Havana em 2013 e em fevereiro deste ano, respectivamente, depois que cumpriram suas penas.