Morre Ulrich Beck, o sociólogo das fendas da modernidade
Berlim, 3 jan (EFE).- O sociólogo alemão Ulrich Beck, cuja obra capital "Sociedade do Risco" (1986) foi traduzida para 35 idiomas, morreu em Munique aos 70 anos, informou neste sábado o editorial Suhrkamp.
A tese central da obra de Beck, considerado por muitos como o sociólogo das fendas da modernidade, é que os principais problemas do mundo moderno não têm origem em suas derrotas mas, pelo contrário, em seus sucessos.
Assim, Beck interpretava a ameaça terrorista como uma consequência da modernização e a mudança climática como um resultado dos sucessos da industrialização.
O desemprego em massa, por sua vez, seria resultado do aumento da produtividade e dos progressos da medicina que levam a um aumento da esperança de vida que conduz a uma mudança da pirâmide demográfica, com o consequente desafio para os sistemas de seguridade social.
Nesse contexto, acredita no imaginário social com uma série de cenários de risco, que antecipam possíveis catástrofes de diversos tipos.
O risco, segundo Beck, não é medível, por isso que pode ser minimizado ou dramatizado, segundo os interesses de quem o descrever.
Os riscos globais escapam da capacidade de controle dos estados apesar de, segundo Beck, os governos instrumentalizarem, por exemplo, o medo ao terror criar mecanismos de observação da população
Beck foi professor das universidades de Munique, Bamberg e Münster e professor convidado em Cardiff (Gales) e na London School of Economics and Political Science.
A tese central da obra de Beck, considerado por muitos como o sociólogo das fendas da modernidade, é que os principais problemas do mundo moderno não têm origem em suas derrotas mas, pelo contrário, em seus sucessos.
Assim, Beck interpretava a ameaça terrorista como uma consequência da modernização e a mudança climática como um resultado dos sucessos da industrialização.
O desemprego em massa, por sua vez, seria resultado do aumento da produtividade e dos progressos da medicina que levam a um aumento da esperança de vida que conduz a uma mudança da pirâmide demográfica, com o consequente desafio para os sistemas de seguridade social.
Nesse contexto, acredita no imaginário social com uma série de cenários de risco, que antecipam possíveis catástrofes de diversos tipos.
O risco, segundo Beck, não é medível, por isso que pode ser minimizado ou dramatizado, segundo os interesses de quem o descrever.
Os riscos globais escapam da capacidade de controle dos estados apesar de, segundo Beck, os governos instrumentalizarem, por exemplo, o medo ao terror criar mecanismos de observação da população
Beck foi professor das universidades de Munique, Bamberg e Münster e professor convidado em Cardiff (Gales) e na London School of Economics and Political Science.
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