Rua na África do Sul com nome de último líder do "apartheid" gera protestos
Johanesburgo, 28 jan (EFE).- O último presidente sul-africano do "apartheid" e prêmio Nobel da paz, Frederik de Klerk, terá uma rua dedicada a sua figura na Cidade do Cabo, apesar da oposição do governante Congresso Nacional Africano (CNA).
A decisão foi aprovada nesta quarta-feira no plenário municipal por iniciativa da prefeita Patricia de Lille, da opositora Aliança Democrática (AD), em uma votação à qual não participaram os vereadores do CNA, que trataram de boicotar a sessão, informou a emissora de rádio "Jacaranda FM".
O CNA e vários comentaristas da imprensa local criticaram duramente que alguém que dirigiu o regime de segregação racial seja homenageado na África do Sul democrática.
O tributo a uma pessoa que, junto ao líder do CNA, Nelson Mandela -que sucedeu De Klerk na presidência- liderou a transição à democracia e recebeu por isso o Nobel em 1993, suscitou também um desmoronamento de mensagens indignadas em Twitter.
Um grupo de personalidades da cidade, entre os quais está o aliado de Mandela, também Nobel da Paz e ativista contra o "apartheid" Desmond Tutu, tinham pedido no ano passado em carta ao consistório que reconhecesse o papel de De Klerk na transição.
Mas o partido governista rejeitou que o último presidente branco da África do Sul tivesse algum protagonismo na "libertação" do país e o considerou um "acidente da História" que se viu forçado a negociar com o então clandestino CNA.
De Klerk, que aos 79 anos está aposentado da política, se mostrou "honrado" pela homenagem da Prefeitura da cidade.
O ex-líder foi presidente de 1989 a 1994, período durante o qual legalizou os partidos políticos, libertou Mandela da prisão e negociou com o CNA o desmantelamento do "apartheid".
Seus críticos negam que tinha vontade de acabar com o regime.
O AD é o primeiro partido de oposição na África do Sul e é visto por muitos como defensor dos interesses da minoria branca.
A decisão foi aprovada nesta quarta-feira no plenário municipal por iniciativa da prefeita Patricia de Lille, da opositora Aliança Democrática (AD), em uma votação à qual não participaram os vereadores do CNA, que trataram de boicotar a sessão, informou a emissora de rádio "Jacaranda FM".
O CNA e vários comentaristas da imprensa local criticaram duramente que alguém que dirigiu o regime de segregação racial seja homenageado na África do Sul democrática.
O tributo a uma pessoa que, junto ao líder do CNA, Nelson Mandela -que sucedeu De Klerk na presidência- liderou a transição à democracia e recebeu por isso o Nobel em 1993, suscitou também um desmoronamento de mensagens indignadas em Twitter.
Um grupo de personalidades da cidade, entre os quais está o aliado de Mandela, também Nobel da Paz e ativista contra o "apartheid" Desmond Tutu, tinham pedido no ano passado em carta ao consistório que reconhecesse o papel de De Klerk na transição.
Mas o partido governista rejeitou que o último presidente branco da África do Sul tivesse algum protagonismo na "libertação" do país e o considerou um "acidente da História" que se viu forçado a negociar com o então clandestino CNA.
De Klerk, que aos 79 anos está aposentado da política, se mostrou "honrado" pela homenagem da Prefeitura da cidade.
O ex-líder foi presidente de 1989 a 1994, período durante o qual legalizou os partidos políticos, libertou Mandela da prisão e negociou com o CNA o desmantelamento do "apartheid".
Seus críticos negam que tinha vontade de acabar com o regime.
O AD é o primeiro partido de oposição na África do Sul e é visto por muitos como defensor dos interesses da minoria branca.
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