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Tóquio aguarda informação de Amã sobre jornalista sequestrado

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, mantém contato direto com a equipe de trabalho na embaixada japonesa em Amã - Toru Hanai/Reuters
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, mantém contato direto com a equipe de trabalho na embaixada japonesa em Amã Imagem: Toru Hanai/Reuters

30/01/2015 23h07

O Japão amanheceu neste sábado (data local) à espera de nova informação por parte do governo da Jordânia sobre as negociações para libertar o jornalista japonês sequestrado na Síria pelo Estado Islâmico (EI), mais de 24 depois de ter expirado o ultimato dado pelo grupo terrorista.

"Não há nova informação para relatar", disse de madrugada o chanceler japonês, Fumio Kishida, ao ser perguntado pela imprensa local na entrada do Ministério das Relações Exteriores sobre a situação do jornalista Kenji Goto, de 47 anos.

Tanto o primeiro-ministro, Shinzo Abe, como o ministro porta-voz, Yoshihide Suga, estarão também em contato direto com a equipe de trabalho montada na embaixada japonesa em Amã para tentar conseguir a libertação de Goto, informou a agência "Kyodo".

O EI ameaçou na quinta-feira assassinar o piloto jordaniano Moaz Kasasbeh, sequestrado em dezembro, se não fosse entregue antes "do pôr-do-sol, hora de Mossul (Iraque)" a radical Sajida al Rishawi, detida na Jordânia, em troca de Goto.

O governo jordaniano concordou trocar Rishawi pelos dois reféns, mas a troca de prisioneiros foi aparentemente bloqueada porque Amã exigiu do EI uma prova de vida do piloto jordaniano para cumprir sua exigência de libertar a terrorista, condenada a morte em 2005.

Embora o peso das negociações tenha recaído agora sobre Amã, Abe pediu a seu Governo que esteja alerta perante a possibilidade de que aconteça alguma reviravolta inesperada, visto que na última semana o EI enviou várias mensagens pela internet nas quais fez diferentes exigências.

Na semana passada, coincidindo com a viagem do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, ao Oriente Médio, o EI enviou um primeiro vídeo no qual exigia do Executivo japonês US$ 200 milhões em troca de não assassinar Goto, capturado em outubro, e outro cidadão japonês, Haruna Yukawa, que foi executado no sábado passado.