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Maduro acusa EUA de "guerra psicológica" para justificar "golpe sangrento"

31/01/2015 00h35

Caracas, 30 jan (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou nesta sexta-feira - em um ato de Governo no palácio presidencial - os Estados Unidos de estar por trás de uma campanha de "guerra psicológica mundial" contra o país para justificar um "golpe de Estado sangrento".

"Presidente (Barack) Obama, seu Governo, está conspirando para derrubar o governo legítimo da Venezuela, você sabe disso?", se dirigiu a seu colega americano.

Maduro afirmou que "todas as agências de Governo" dos EUA, entre as quais citou, entre outras, FBI, CIA e Administração para o Controle de Drogas (DEA, na sigla em inglês) "estão intrometidas" neste suposto plano para acabar violentamente com o governo que ele preside.

Disse que durante a Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), realizada esta semana na Costa Rica, vários presidentes o disseram para ele se cuidar e lhe deram todo seu apoio.

O presidente venezuelano lembrou o breve encontro que teve em Brasília no começo do ano com o vice-presidente americano, Joe Biden, durante o ato de posse da presidente Dilma Rousseff e afirmou que, desde então, "recebemos mensagens do governo do presidente Obama".

"Mas são mensagens cruzadas, uma coisa é o que diz a mensagem oficial e outra o que fazem todos os dias", acrescentou pouco antes de assegurar que as ações da Embaixada dos EUA em Caracas "estão indo além do limite".

"Chegará um momento em que será impossível ter relações diplomáticas com seu Governo (dos EUA)", acrescentou.