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Oposição síria condena execução de refém japonês pelo Estado Islâmico

01/02/2015 08h59

Cairo, 1 fev (EFE).- A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), de oposição no país, condenou neste domingo a execução do jornalista japonês Kenji Goto, acusando o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) de cometer "crimes horríveis" e só falar "a linguagem da violência".

"O EI soma a sua longa lista de horríveis abusos o crime de assassinar o valente jornalista, que, apesar de todos os riscos, fez uma árdua viagem à Síria para conseguir a libertação de seu compatriota Haruna Yukawa", afirmou a CNFROS em comunicado.

A principal aliança da oposição ao regime sírio expressou condolências à família de Goto e afirmou seu apoio ao povo e ao governo japonês.

"Os assassinos do EI demonstraram mais uma vez que falam um só idioma, o da violência. Vamos seguir fazendo o máximo possível para libertar o mundo do mal que é o EI", acrescentou o comunicado.

Os jihadistas divulgaram ontem um vídeo no qual um carrasco do grupo extremista garante que a decapitação de Goto foi motivada pela participação do Japão na coalizão internacional contra o EI no Iraque e na Síria.

Após a execução de Yukawa, na semana passada, o EI ameaçou na última quinta-feira assassinar Kasasbeh caso a Jordânia não libertasse antes do por do sol a terrorista Sajida al Rishawi. Em troca, os jihadistas não matariam Goto e também entregariam Kasasbeh.

O governo jordaniano chegou a concordar com a troca de al Rishawi pelos dois reféns, mas voltou atrás depois de o EI não mostrar provas de que o piloto estava vivo.

Na gravação de ontem, os extremistas não fizeram menção ao piloto jordaniano.