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Poroshenko confirma libertação de 139 soldados em troca com rebeldes

Petr David Josek/AP
Imagem: Petr David Josek/AP

Em Kiev

21/02/2015 17h36

As forças de Kiev e as milícias separatistas pró-Rússia efetuaram neste sábado (21) a primeira troca de prisioneiros desde a assinatura, em 12 de fevereiro, dos acordos de Minsk (Belarus).

Os separatistas, que inicialmente anunciaram que tinham trocado 35 militares por 37 rebeldes próximo a cidade de Zhelobok, na região rebelde de Lugansk, no leste da Ucrânia, informaram pouco depois que a troca envolvia 139 soldados por 52 rebeldes.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, confirmou em mensagem no Twitter que os 139 militares já foram libertados.

Alguns dos soldados libertados estão feridos, segundo a imprensa local.

Por outro lado, uma semana após a entrada em vigor do cessar-fogo, Kiev e os separatistas voltaram a se acusar hoje de violar a trégua proposta nos acordos de Minsk, básica para a implementação do plano estabelecido para se alcançar a paz no leste da Ucrânia.

"Nas últimas 24 horas (entre as 6h de ontem e 6h de hoje, horário local), as milícias dispararam contra posições das forças ucranianas praticamente ao longo de toda a frente de batalha", denunciou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andrei Lisenko.

O chefe da polícia regional de Donetsk, Viacheslav Abroskin, leal às autoridades ucranianas, informou sobre a morte de três civis pelo impacto de um obus em uma cafeteria na localidade de Avdeyevka, próxima à cidade de Donetsk.

A informação, no entanto, não foi confirmada por nenhuma outra fonte. No geral, a frente de batalha no leste da Ucrânia se estabilizou após a rendição das tropas ucranianas na estratégica cidade de Debaltsevo, onde os combates se prolongaram durante várias semanas, inclusive depois da entrada em vigor do cessar-fogo.

Yuri Biryukov, assessor do presidente Poroshenko, anunciou hoje que na retirada de Debaltsevo morreram 20 soldados ucranianos e 81 seguem desaparecidos.

O porta-voz da missão especial da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), o canadense Michael Bociurkiw, afirmou que os observadores internacionais finalmente puderam entrar na cidade, sob poder dos separatistas, após as milícias garantirem a segurança sobre o terreno.

O Ministério de Defesa da Ucrânia cifrou ontem em quase três mil o número de mortos entre os rebeldes nos combates por Debaltsevo desde o início do ano.

O número coincide com as baixas que as forças de Kiev teriam sofrido, segundo os separatistas.

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