Paraguaios incendeiam fazenda em departamento na fronteira com o Paraná
Assunção, 28 mar (EFE).- Uma centena de camponeses incendiaram neste sábado a administração da Estância Pindó, no departamento de Canindeyú, que faz fronteira com estado do Paraná, informou à Agência Efe Héctor Rojas, delegado do departamento.
Os camponeses estavam armados com rifles e escopetas, algumas das quais pertenciam aos seguranças da administração do local, que se sentiram acuados e fugiram.
Rojas ressaltou que não aconteceram enfrentamentos entre os camponeses e os guardas da estância, e que não há registros de feridos. O delegado de Canindeyú acrescentou que os camponeses são um grupo de sem terras que há vários anos está instalado em uma reserva próxima à estadia Pindó.
O senador Luis Wagner, do opositor Partido Liberal, disse à Agência Efe que as terras estão em disputa desde a época da ditadura de Alfredo Stroessner, que durou de 1954 a 1989.
"Mais de 400 famílias vivem dentro deste lugar há muitos anos. Lá eles têm suas casas e suas chácaras (fazendas). Não é que hoje que invadem o sítio, mas vivem nesse terreno", explicou o senador.
Segundo Wagner, os camponeses reivindicam que as terras, que se estendem por um total de 4.400 hectares, voltem a ser de titularidade pública e administradas pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Rural e da Terra (Indert).
Ele lembrou que há duas semanas aconteceu outro enfrentamento entre policiais e camponeses que deixou vários feridos nas terras de Laterza Cué, disputadas entre uma empresa brasileira e uma comunidade de camponeses, a que o Indert reconhece como seus legítimos ocupantes.
Segundo a ONG Oxfam, o Paraguai é um dos países com a maior concentração de terras do mundo, onde menos de 3% da população é dona de quase 85% das terras. A pobreza no campo afeta 44,8% dos habitantes, conforme levantamentos recentes da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os camponeses estavam armados com rifles e escopetas, algumas das quais pertenciam aos seguranças da administração do local, que se sentiram acuados e fugiram.
Rojas ressaltou que não aconteceram enfrentamentos entre os camponeses e os guardas da estância, e que não há registros de feridos. O delegado de Canindeyú acrescentou que os camponeses são um grupo de sem terras que há vários anos está instalado em uma reserva próxima à estadia Pindó.
O senador Luis Wagner, do opositor Partido Liberal, disse à Agência Efe que as terras estão em disputa desde a época da ditadura de Alfredo Stroessner, que durou de 1954 a 1989.
"Mais de 400 famílias vivem dentro deste lugar há muitos anos. Lá eles têm suas casas e suas chácaras (fazendas). Não é que hoje que invadem o sítio, mas vivem nesse terreno", explicou o senador.
Segundo Wagner, os camponeses reivindicam que as terras, que se estendem por um total de 4.400 hectares, voltem a ser de titularidade pública e administradas pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Rural e da Terra (Indert).
Ele lembrou que há duas semanas aconteceu outro enfrentamento entre policiais e camponeses que deixou vários feridos nas terras de Laterza Cué, disputadas entre uma empresa brasileira e uma comunidade de camponeses, a que o Indert reconhece como seus legítimos ocupantes.
Segundo a ONG Oxfam, o Paraguai é um dos países com a maior concentração de terras do mundo, onde menos de 3% da população é dona de quase 85% das terras. A pobreza no campo afeta 44,8% dos habitantes, conforme levantamentos recentes da Organização das Nações Unidas (ONU).
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