Líderes árabes aprovam formação de força militar conjunta
Os chefes de Estado dos países árabes aprovaram neste domingo a formação de uma força militar conjunta para combater as ameaças contra a segurança nacional, a expansão de grupos terroristas e as ingerências estrangeiras.
"Os líderes árabes decidiram aprovar o conceito da formação de uma força militar árabe", anunciou neste domingo o presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, durante o encerramento da cúpula da Liga Árabe, que começou ontem na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh.
Os líderes também decidiram formar uma equipe de representantes de alto nível, sob a supervisão dos chefes de Estado-Maior dos exércitos árabes, para preparar os mecanismos necessários para a criação de tal força e sua formação.
Em breve pronunciamento, Al Sisi se limitou a dizer que a criação da força militar corresponde aos "grandes desafios" enfrentados pelo mundo árabe.
O presidente egípcio, que leu o comunicado de encerramento, também ressaltou que na cúpula foi possível identificar com sucesso os desafios que ameaçam a região e analisar as medidas necessárias para enfrentar essas ameaças.
No sábado, Al Sisi garantiu durante a sessão de abertura que esta força militar, proposta por seu país, "não é direcionada contra nenhum Estado e não pretende ingerir nos Estados, mas respeitar sua soberania e defender os interesses árabes".
Em sua opinião, é "necessário enfrentar de forma urgente e equilibrada os desafios" que a região atravessa, entre os quais citou o terrorismo, as ingerências estrangeiras e o sectarismo, em alusão à consolidação da influência iraniana em alguns países árabes.
Segundo o projeto de resolução para a criação desse exército em comum, a nova força "cumprirá as missões de intervenção militar rápida para enfrentar os desafios que possam ameaçar a segurança e a soberania de qualquer um dos países-membros".
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