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EUA afirmam que opção militar segue sobre a mesa se não houver acordo com Irã

02/04/2015 01h10

Washington, 1 abr (EFE).- O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, disse nesta quarta-feira que "a opção militar seguirá sobre a mesa" se não for alcançado um acordo internacional sobre o programa nuclear do Irã.

"A opção militar seguirá certamente sobre a mesa. Uma das minhas funções é garantir que todas as opções estejam sobre a mesa", afirmou Carter em declarações ao programa "Today" da emissora "NBC".

"Um acordo não pode basear-se na confiança, mas tem que basear-se na verificação. Não sei qual será o resultado, mas o acordo deve ser um que nos mantenha seguros, a nós e à região", considerou o responsável pela Defesa dos EUA.

"Se for um bom acordo, obviamente vale a pena esperar por ele", acrescentou.

Passadas quase 24 horas desde que venceu o prazo para conseguir um acordo-marco entre Teerã e seis grandes potências sobre o programa nuclear iraniano, as conversas se prolongaram por mais uma noite.

Na última hora da tarde desta quarta-feira aconteceu certo movimento com a notícia de que o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, iria se reincorporar esta noite às negociações na cidade suíça de Lausanne após ausentar-se por um dia.

Ao mesmo tempo, os EUA confirmaram que o secretário de Estado, John Kerry, permanecerá em Lausanne "pelo menos até quinta-feira".

"Seguimos fazendo progressos, mas ainda não alcançamos nenhum entendimento político", disse sua porta-voz, Marie Harf, à imprensa em Lausanne.

Por sua parte, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, assinalou que até agora as seis potências negociadoras (EUA, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha) não receberam do Irã "os compromissos específicos e tangíveis" necessários para fechar um acordo.

Os Estados Unidos e os países europeus exigem que se inicie uma espécie de mecanismo automático para reinstaurar sanções no caso de o Irã não cumprir as responsabilidades assumidas em um acordo nuclear.

O eventual acordo nuclear com o Irã tem como objetivo evitar que a República Islâmica obtenha uma arma nuclear.