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Conflito no Iêmen já deixou 944 mortos e 3,5 mil feridos, segundo OMS

21/04/2015 11h17

Genebra, 21 abr (EFE).- O conflito iemenita envolvendo os rebeldes houthis e uma coalizão árabe que tentar recolocar no poder o presidente exilado, já deixou 944 mortos e 3,5 mil feridos, disse nesta terça-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Estes números mostram cerca de 200 mortos e a mais e 500 feridos com relação ao último balanço da OMS, que tinha sido divulgado na sexta-feira passada.

O organismo advertiu sobre o "colapso iminente" dos serviços de saúde no Iêmen, com centros médicos funcionando apesar do corte das provisões de remédio e de outras essenciais, as frequentes interrupções da eletricidade e a falta de combustível para os geradores.

A escassez de combustível fez com que muitas ambulâncias tivessem que interromper o serviço.

A falta do serviço elétrico também está ameaçando as reservas de vacinas, que devem ser mantidas em uma câmara fria, o que "deixaria milhões de crianças menores de cinco anos sem vacina e aumentaria o risco de doenças transmissíveis, como o sarampo", advertiu a agência de saúde da ONU.

Inclusive a pólio, que tinha sido eliminada do Iêmen, poderia ressurgir, alertou a OMS.

A escassez de água potável provocou, por sua vez, o aumento de casos de diarreia e outras doenças.

Os casos de crianças menores de cinco anos com diarreia hemorrágica duplicaram nas últimas semanas, enquanto dispararam também os casos de sarampo e os suspeitos de malária.

De forma generalizada, as consultas médicas reduziram 40% desde que o conflito se agravou no final de março, quando começaram os bombardeios de uma coalizão de países árabes contra os rebeldes houthis.

Nestas circunstâncias, os iemenitas não podem chegar aos centros de atendimento de saúde, seja porque as vias estão bloqueadas ou pelos enfrentamentos armados em plena rua.