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Ataques de talibãs matam 7 civis e deixam outros 12 feridos no Afeganistão

25/04/2015 05h28

Cabul, 25 abr (EFE).- Sete civis morreram e outros 12 ficaram feridos em ataques no leste do Afeganistão durante o primeiro dia da "campanha de primavera" lançada pelos talibãs, enquanto o governo do país garante que matou mais de cem insurgentes, informaram neste sábado fontes oficiais.

Cinco pessoas, quatro delas mulheres, morreram e 11 ficaram feridas, algumas delas crianças, como consequência do impacto de um foguete lançado pelos talibãs no fim da noite de sexta-feira na cidade de Alingar, na província de Laghman, no leste do país.

"Todos os mortos e feridos são da mesma família", indicou à Agência Efe Sarhadi Zwak, porta-voz do governo da província.

Zwak acrescentou que outros dois civis morreram e um terceiro ficou ferido, também em Laghman, quando viajavam em uma estrada e foram atingidos pela explosão de uma bomba colocada na via.

Os talibãs anunciaram nesta semana a realização da "campanha de primavera". A ofensiva, que seria iniciada ontem, tem como alvos estrangeiros que permanecem no país e o Exército afegão.

O Ministro do Interior do Afeganistão indicou hoje em comunicado que os talibãs sofreram "importantes baixas" no início dos ataques.

"Nas primeiras 24 horas da ofensiva de primavera 104 insurgentes morreram e 89 ficaram feridos", indicou o porta-voz do Ministério da Defesa, general Zahir Azimi, acrescentando que 12 soldados afegãos também morreram nos enfrentamentos com os rebeldes.

O porta-voz do talibã, Zabihullah Mujahid, negou os números do governo e disse que o grupo tinha realizado 327 ataques armados contra as forças do governo no período, deixando "dezenas de soldados e policiais mortos e feridos".

O Afeganistão vive nos últimos meses um crescimento da violência, coincidindo com o encerramento em janeiro da missão de combate da Otan, que continua no país apenas em atividades de assistência e capacitação das forças de segurança afegãs.

Fora a atuação dos talibãs, os incidentes também cresceram por causa do surgimento de grupos que se identificam como membros da organização jihadista Estado Islâmico.

Os Estados Unidos, que continuam em missão de combate no país com mais de 10 mil homens, tinha previsto reduzir pela metade a quantidade de soldados até o fim do ano, mas o presidente americano, Barack Obama, decidiu atrasar a retirada.