Topo

Com as urnas fechadas, começa a apuração das primárias de Buenos Aires

26/04/2015 18h59

Buenos Aires, 26 abr (EFE).- Os colégios eleitorais da cidade de Buenos Aires fecharam suas portas e já começou a apuração de votos das eleições primárias realizadas neste domingo para definir quem serão os candidatos a suceder Mauricio Macri, líder do conservador Proposta Republicana (Pró), na prefeitura portenha.

A jornada transcorreu sem incidentes, apesar da demora na constituição de algumas mesas na parte da manhã, segundo confirmou o subsecretário de Justiça portenho, Javier Buján.

Ainda não foram divulgados dados sobre a participação dos 2,5 milhões de portenhos convocados às urnas (equivalentes a 8% do eleitorado argentino).

Os dois favoritos destas primárias abertas e obrigatórias pertencem ao Pró: a senadora Gabriela Michetti e o atual chefe de gabinete do governo da cidade, Horacio Rodríguez Larreta.

Com uma diferença de intenções de voto muito apertada, esta eleição se transformou em um desafio à unidade e à força do partido de Macri, que se pronunciou publicamente a favor de Larreta e não conseguiu frear a postulação de Michetti, descontente com a preferência do líder da legenda por seu oponente.

O triunfo de Michetti, especialista em Relações Internacionais e ex-vice-chefe do governo da cidade, representaria um duro golpe para Macri após sua aposta em Larreta, economista e seu braço-direito partido.

Pela prefeitura de Buenos Aires, bastião eleitoral do Pró, também concorre o ex-ministro de Economia, Martín Lousteau, candidato da aliança de centro-esquerda Energia Cidadã Organizada (ECO) e que supera em intenções de voto o kirchnerista Mariano Recalde, presidente da estatal Aerolíneas Argentinas.

Outro dos candidatos é o ex-secretário de Finanças, Guillermo Nielsen, a quem as pesquisas davam menos do número mínimo para continuar na corrida eleitoral e que concorre pelo partido Frente Renovadora, liderado por Sergio Massa, atual terceiro colocado nas enquetes de favoritos à presidência, abaixo do governador de Buenos Aires, o governista Daniel Scioli, e de Macri.

Os primeiros resultados devem começar a ser divulgados a partir das 22h (mesma hora de Brasília) e os vencedores destas primárias concorrerão nas eleições municipais do próximo dia 5 de julho para escolher o novo chefe de governo portenho.

Também transcorreu com normalidade a jornada eleitoral na província sulina de Neuquén, apesar de estar marcada pela presença, em muitas áreas, da cinza vulcânica procedente do vulcão chileno Calbuco.

Nestas primárias votam pouco menos de meio milhão de argentinos e os principais candidatos são o favorito Omar Gutiérrez, do Movimento Popular Neuquino (MPN), que governa a província há 50 anos; Horacio Quiroga, pela aliança Novo Compromisso Neuquino-Pró-União Cívica Radical, e o kirchnerista Ramón Rioseco.

As primárias de 2015, um teste que mede o clima político do país, deram uma primeira vitória ao partido kirchnerista Frente para a Vitória em Salta, que não teve a mesma sorte em Santa Fé e Mendoza uma semana depois, com derrotas em dois dos principais distritos eleitorais do país.